O dólar abriu em alta nesta terça-feira, depois de fechar o dia com leve desvalorização de 0,04%, mesmo com a atuação do Banco Central no câmbio. Às 10h30, a moeda subia 0,35%, vendida a R$ 2,237. Analistas, no entanto, acreditam que o mercado considera a possibilidade de uma nova atuação do BC. A intervenção desta segunda-feira da autoridade monetária no câmbio fez o dólar subir 0,89% ao longo do dia, mas como a instituição comprou um volume baixo, segundo analistas, a divisa voltou a cair até o fechamento dos negócios.
Segundo Alex Agostini, economista-chefe da empresa de consultoria Global Invest, a intervenção do Banco Central era esperada pela maioria dos operadores e analistas, pois na semana passada o diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua, declarou que o BC, através do Tesouro Nacional, poderia retornar ao mercado cambial comprando divisas para dar continuidade ao seu processo de recomposição de reservas.
De acordo com Agostini, os juros baixos em outras economias - como nos EUA e na zona do euro - a taxa básica alta no Brasil, os superávits comerciais da balança brasileira, as captações externas e o recuo do risco-país devem continuar dando sustentação à queda do dólar em relação ao real. A taxa básica brasileira (Selic) está em 19,5% ao ano. Nos EUA, o juro de referência da economia está em 3,75% ao ano e na zona do euro, em 2%.
O risco Brasil fechou o dia, nesta segunda, em baixa, a 341 pontos, se aproximando na mínima histórica, que é de 337 pontos --registrada em 22 de outubro de 1997. Entretanto, hoje voltou a subir e há pouco avançava sete pontos, para 348.