Meloni também anunciou que Trump havia aceitado um convite para ir a Roma “em um futuro próximo” e parafraseou o lema do republicano, enfatizando que o objetivo dela é “tornar o Ocidente grande novamente”.
Por Redação, com DW – de Washington
Primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni não poupou o sorriso e a simpatia no encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma visita à Casa Branca, nesta quinta-feira.

— Temos muito em comum — disse a ultradireitista, considerada um dos contatos favoritos de Trump entre os chefes de governo europeus. Ela citou como exemplos a luta contra a cultura woke e a migração ilegal.
Meloni também anunciou que Trump havia aceitado um convite para ir a Roma “em um futuro próximo” e parafraseou o lema do republicano, enfatizando que o objetivo dela é “tornar o Ocidente grande novamente”. A líder do partido ultranacionalista de direita ‘Irmãos da Itália’ compareceu à posse de Trump em janeiro e também foi convidada anteriormente para sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.
Convergência
Durante sua aparição conjunta diante das câmeras na Casa Branca, os dois também pareceram relaxados e brincaram um com o outro. Trump elogiou muito Meloni. Ele disse que ela está fazendo um “trabalho fantástico” e que conquistou a Europa, afirmando, ainda, que a italiana se tornou “uma amiga” para ele e uma “pessoa muito especial”. Meloni, por sua vez, também falou do “amigo Donald” e demonstrou ter convergências com o norte-americano.
A chefe de governo italiana foi a primeira liderança da UE a visitar o presidente dos EUA desde que as tarifas foram impostas. Como muitos outros políticos europeus, Meloni também criticou o anúncio de Trump de novas tarifas punitivas. No entanto, o presidente dos EUA disse que agora está “100%” convencido de que haverá um acordo com a União Europeia sobre questões comerciais.
Semana passada, após uma grande turbulência nos mercados financeiros mundiais, Trump surpreendeu novamente e anunciou a decisão de conceder a muitos países – incluindo a União Europeia – uma pausa de 90 dias em relação às chamadas “tarifas recíprocas”, baseadas no déficit comercial dos EUA com os respectivos países – mas deixando a China de fora dessa trégua. A UE anunciou então que também suspenderia por 90 dias as tarifas retaliatórias planejadas sobre os produtos dos EUA.