Em junho, houve melhora tanto da percepção sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de 1 ponto, chegando a 81,6 pontos, maior nível desde novembro de 2023. O Índice de Expectativas (IE) avançou 2,6 pontos, para 98,1 pontos. A taxa de inadimplência dos clientes da micro e pequena indústria, ainda segundo o levantamento, cresceu seis pontos percentuais no último bimestre.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A confiança dos consumidores brasileiros voltou a melhorar em junho depois de forte queda no mês anterior, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgados nesta segunda-feira. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve no mês alta de 1,9 ponto, chegando a 91,1 pontos, embora não tenha sido suficiente para recuperar a perda de 4 pontos vista em maio.
— (Os) resultados refletem a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança e parecem estar vinculados às limitações financeiras das famílias e às taxas de juros elevadas, evidenciada pelos indicadores de situação financeira atual e de intenção de compra de duráveis — disse Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, a jornalistas.
Em junho, houve melhora tanto da percepção sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de 1 ponto, chegando a 81,6 pontos, maior nível desde novembro de 2023. O Índice de Expectativas (IE) avançou 2,6 pontos, para 98,1 pontos.
Capital
Outra pesquisa divulgada nesta segunda-feira, a pedido do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) mostra que 14% das empresas do segmento usaram cheque especial para sobreviver no bimestre passado. Apenas 8% das empresas possuíam capital de giro mais do que suficiente para sobreviver durante o mês. Mais de 53% não tinham capital de giro para fechar o mês.
— Hoje nós temos grandes problemas em capital de giro. Cada vez mais o sistema financeiro está restritivo, com taxas de juros impagáveis, e dificuldade para tomar empréstimo para 40% das empresas — afirmou Joseph Couri, presidente do Simpi, que contratou o estudo ao DataFolha.
A taxa de inadimplência dos clientes da micro e pequena indústria, ainda segundo o levantamento, cresceu seis pontos percentuais no último bimestre. O indicador avançou de 32% nos dois primeiros meses do ano para 38%, considerando o percentual de empresas que sofreram com a falta de pagamento por parte de seus clientes, muitos deles também empresas de pequeno porte.
— Se não tem dinheiro para fechar o mês, necessariamente a inadimplência vai aumentar, despesas vão deixar de ser pagas, e aí estamos num ciclo vicioso que precisa ser interrompido — concluiu Couri.