Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2024

Médica da Marinha é atingida por tiro em complexo hospitalar na Zona Norte

Arquivado em:
Terça, 10 de Dezembro de 2024 às 14:10, por: CdB

De acordo com a Marinha, Gisele foi ferida ao participar de um evento em um dos prédios do complexo do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, Zona Norte do Rio, de onde é superintendente de saúde.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

A capitã de mar e guerra e médica geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello foi atingida, nesta terça-feira, com um tiro na cabeça durante uma operação do Comando da Coordenadoria da Polícia Pacificadora no Conjunto de Favelas do Lins, na Zona Norte do Rio.

medicario.jpg
Capitã foi ferida durante ação da UPP do Lins

De acordo com a Marinha, Gisele foi ferida ao participar de um evento em um dos prédios do complexo do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, Zona Norte do Rio, de onde é superintendente de saúde.

“A militar está passando por procedimento cirúrgico, e seu estado de saúde é grave. A Marinha lamenta o ocorrido e se solidariza com os amigos e familiares da militar e informa que está prestando todo o apoio necessário para garantir a sua pronta recuperação”, informou, em nota, a força naval.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Polícia Militar, a unidade de polícia pacificadora (UPP) Lins realizou uma operação hoje na região, e os policiais foram atacados quando chegaram na Comunidade do Gambá. “Posteriormente, o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local”, informou.

Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Civil (Sepol), a investigação está a cargo da Marinha do Brasil. A pasta acrescentou “que já se colocou à disposição para dar qualquer apoio necessário no curso da apuração”.

Operação da UPP

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) expressou consternação pelo episódio ocorrido com a militar. Segundo a comissão, a médica foi atingida em meio a um confronto próximo ao hospital, que resultou de uma operação da UPP na região, conforme a Polícia Militar do Rio de Janeiro. “Este é mais um caso que expõe a falta de planejamento e inteligência nas ações de segurança pública, colocando vidas inocentes em risco”, diz nota divulgada pelo colegiado.

A presidente da comissão, deputada estadual Dani Monteiro (PSOL) cobrou uma investigação rigorosa e imediata para esclarecer as circunstâncias do crime. “Nós nos solidarizamos com a vítima, esperando sua pronta recuperação. A segurança da população não pode ser comprometida por operações que falham em garantir a integridade de todos”, disse a parlamentar.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo