Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Mauro Cid volta à PF para depor sobre escândalo das joias sauditas

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Segunda, 22 de Maio de 2023 às 14:12, por: CdB

Os investigadores do caso são da Polícia Federal (PF) em São Paulo e ouvirão o militar de dentro da cela em que ele permanece preso no Quartel-General do Exército, em Brasília. O suspeito foi acompanhado por dois advogados. A oitiva estava marcada para o dia 3 de maio, mas a PF prendeu o coronel naquela madrugada em outra investigação.


14h02 - de Brasília

Ex-ajudante de ordens do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido novamente, na tarde desta segunda-feira, no âmbito do inquérito que investiga a entrada de joias não declaradas da Arábia Saudita, no Brasil. O depoimento ocorreu por videoconferência.

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O tenente-coronel Mauro Cid teve sua carreira militar destruída por seu comandante, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)


Os investigadores do caso são da Polícia Federal (PF) em São Paulo e ouvirão o militar de dentro da cela em que ele permanece preso no Quartel-General do Exército, em Brasília. O suspeito foi acompanhado por dois advogados. A oitiva estava marcada para o dia 3 de maio, mas a PF prendeu o coronel naquela madrugada em outra investigação, a de supostas fraudes em cartões de vacina.

Braço direito


Em 5 de abril, no primeiro depoimento, o militar declarou à Polícia Federal que buscar presentes recebidos pelo então presidente era algo “normal”, “corriqueiro”, na ajudância de ordens da Presidência. Segundo fontes a par da investigação, ouvidas pelo canal norte-americano de TV CNN, ele afirmou, ainda, que Bolsonaro teria pedido a ele para “verificar” a situação das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões apreendidas na alfândega e incorporar ao acervo da Presidência.

Aquele depoimento de Mauro Cid é considerado fundamental para o inquérito da PF que investiga a entrada ilegal no Brasil das joias presenteadas pelo governo saudita. O militar, à época, era o braço direito de Bolsonaro e cumpria ordens diretas. A PF quer saber, nesse inquérito sigiloso, se o então presidente agiu para reaver o pacote retido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP).

A Receita reteve as joias em 26 de outubro de 2021.

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