Fortes ventos impediram que os caçadores de baleias islandeses partissem para o mar neste sábado atrás da caça dos grandes mamíferos marinhos pela primeira vez em 14 anos. Na sexta-feira, autoridades autorizaram três baleeiras a capturar um total de 38 baleias mink para o que a Islândia descreve como propósitos científicos - primeiramente o impacto sobre os estoques de peixes.
A Islândia alega que deve controlar a quantidade de baleias para proteger seus estoques de peixes e garantir a vida dos pescadores islandeses. Estima-se que cerca de 43 mil baleias mink vivam em águas islandesas, consumindo 2 milhões de toneladas de peixe e krill por ano.
— Vamos sair quando o tempo estiver bom. Se o vento está a mais de 10 metros por segundo, está muito forte para a caça de baleias — disse Gunnar Johannsson, capitão do Sigurbjorg, um dos três barcos com permissão do Instituto de Pesquisa Marítima da Islândia para caçar baleias.
O capitão disse que seu barco, com quatro experientes baleeiros e seis cientistas a bordo, poderia voltar com a primeira caça em três ou quatro dias. O barco tem capacidade para capturar várias baleias mink durante uma viagem.
— Não saio para caçar baleias há 18 anos. Estamos felizes em voltar a caçar novamente — disse Johannsson, baleeiro profissional desde 1971.
A decisão da Islândia de retomar a caça de baleia é controvertida e foi criticada por muitos governos e grupos ambientalistas. Uma moratória internacional contra caça de baleias vigora desde 1986.