Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Mandatário proíbe Forças Armadas de divulgar relatório das eleições

Informado das conclusões do relatório que captou amostras de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos, o mandatário neofascista disse que os militares deveriam "se esforçar mais", porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto.

Terça, 11 de Outubro de 2022 às 12:12, por: CdB

Informado das conclusões do relatório que captou amostras de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos, o mandatário neofascista disse que os militares deveriam "se esforçar mais", porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto.

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) proibiu a divulgação, por parte das Forças Armadas divulguem o resultado da auditoria que fizeram do resultado do primeiro turno da eleição. A apuração da jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no diário conservador carioca ‘O Globo’, nesta terça-feira, adianta ainda que os militares não encontraram qualquer irregularidade ou fraude no sistema de votação, o que comprova, mais uma vez, a lisura das eleições e desmonta os ataques bolsonaristas às urnas.
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Os militares têm tomado rumo diferente do que preconiza o mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL)
As conclusões da auditoria foram relatadas a Bolsonaro pelo Ministério da Defesa, mas o chefe do Executivo não aprovou a divulgação dos dados, segundo relatos de três generais (dois do alto comando).

Segundo turno

Segundo Gaspar, ”ao ser informado das conclusões do trabalho – que avaliou uma amostra de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos – o presidente da República disse que os militares deveriam se esforçar mais, porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto". Bolsonaro, ainda segundo a colunista, exige que os militares incluam no relatório os dados do segundo turno. Ele diz que o fato de não terem sido encontradas fraudes no primeiro turno não significa que na segunda etapa não haverá problemas. "Sem o tal relatório completo, decretou Bolsonaro, não deveria haver nenhuma divulgação de conclusões", acrescenta. Bolsonaro constrói a retórica sobre uma improvável manipulação dos resultados eleitorais desde o início do governo.
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