Rio de Janeiro, 28 de Abril de 2025

Mandatário não se contém e, em caso de derrota, prega novo golpe

Bolsonaro tem intensificado suas declarações no sentido de que não aceitará o resultado das urnas eletrônicas. No último fim de semana, o mandatário resgatou no WhatsApp uma mensagem antiga de um coronel da Polícia Militar para avisar que a corporação "seguirá o Exército em caso de ruptura institucional”. Mas isso, agora, parece muito longe da realidade.

Terça, 28 de Junho de 2022 às 14:01, por: CdB

Bolsonaro tem intensificado suas declarações no sentido de que não aceitará o resultado das urnas eletrônicas. No último fim de semana, o mandatário resgatou no WhatsApp uma mensagem antiga de um coronel da Polícia Militar para avisar que a corporação "seguirá o Exército em caso de ruptura institucional”. Mas isso, agora, parece muito longe da realidade.

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar, nesta terça-feira, os resultados da última pesquisa Datafolha, após o instituto de pesquisas de opinião apontar, de novo, para uma vitória do ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno da eleição presidencial.
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"Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá", disse Bolsonaro a apoiadores em sua última tentativa de golpe
— Se tivesse um inquérito sério de fake news, investigaria o Datafolha — reclamou o chefe do governo a apoiadores, no Palácio da Alvorada, em referência ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que investiga a atuação de milícias digitais. Bolsonaro tem intensificado suas declarações no sentido de que não aceitará o resultado das urnas eletrônicas. No último fim de semana, o mandatário resgatou no WhatsApp uma mensagem antiga de um coronel da Polícia Militar para avisar que a corporação "seguirá o Exército em caso de ruptura institucional”. Mas isso, agora, parece muito longe da realidade.

Resultado

Bolsonaro não esconde mais que a derrota o espera, nas urnas. Sua estratégia, então, tem sido contestar o resultado que caminha para a vitória inexorável e incontestável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso em 2018 para que Bolsonaro pudesse ser eleito. O líder petista, por sua vez, tem evitado uma investida direta, embora interlocutores com trânsito na caserna avançam em conversas com vários militares de alta patente. Para o desasossego do mandatário, porém, o recado mais recente do alto comando das Forças Armadas, dirigido a Lula, foi: “vamos respeitar o resultado das eleições, esqueça da gente”.
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