Enquanto o Executivo batia recordes na liberação de agrotóxicos, o Palácio da Alvorada servia ao então presidente um cardápio com legumes, frutas e vegetais orgânicos. A informação consta na base de dados dos gastos do cartão corporativo de Bolsonaro, que estava em sigilo durante o governo anterior, divulgada pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por Redação - de Brasília
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou para a história do país como o que liberou, em média, mais de um agrotóxico por dia, considerando os três primeiros anos de mandato à frente do Palácio do Planalto. A gestão do ex-capitão do Exército autorizou, até o início de 2022, uma média de 1,4 por dia, muitos deles altamente perigosos à saúde e ao meio ambiente e, por isso, proibidos em muitos países.
Enquanto o Executivo batia recordes na liberação de agrotóxicos, o Palácio da Alvorada servia ao então presidente um cardápio com legumes, frutas e vegetais orgânicos. A informação consta na base de dados dos gastos do cartão corporativo de Bolsonaro, que estava em sigilo durante o governo anterior, divulgada pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 6 de janeiro.
Mercado
De acordo com os registros oficiais, os cartões de crédito da Presidência da República foram utilizados 158 vezes em CNPJ's ligados ao Mercado Malunga, comércio de Brasília que vende uma grande variedade de hortaliças, legumes e laticínios orgânicos produzidos de forma sustentável na Fazenda Malunga, localizada à 70 km de Brasília.
"O Mercado Malunga é uma rede de pessoas, que buscam oferecer uma grande variedade e qualidade de produtos orgânicos para a sua comunidade, buscamos semear a conscientização em relação à alimentação saudável e tecer uma rede colaborativa que acredita que para sermos felizes precisamos cuidar da nossa saúde e do nosso planeta", diz o site da empresa.
O valor total gasto com dinheiro público no Mercado Malunga foi de R$ 6.773,24 e, na média, as compras chegaram a R$ 42,87.