O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse nesta terça-feira que esforços de busca e resgate estavam em andamento em três edifícios desmoronados, onde se acreditava que um total de cinco pessoas estivessem presas.
Por Redação, com Reuters - de Ancara
Um novo terremoto na Turquia e na Síria na noite passada, de magnitude 6,4, matou três pessoas e feriu mais de 200, duas semanas após um grande abalo sísmico ter matado pelo menos 47 mil pessoas na região. O tremor desta segunda-feira foi centralizado província turca de Hatay, uma das regiões mais atingidas pelo terremoto de magnitude 7,8 ocorrido em 6 de fevereiro, e foi sentido também na Síria, Israel, Iraque e Líbano, segundo relatos da mídia local.
O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse nesta terça-feira que esforços de busca e resgate estavam em andamento em três edifícios desmoronados, onde se acreditava que um total de cinco pessoas estivessem presas. Ele orientou os moradores da região a não entrarem em prédios, e relatou que houve 26 tremores secundários, na noite passada.
O prefeito de Hatay, Lutfu Savas, afirmou que o novo terremoto deixou pessoas presas em escombros, que possivelmente haviam retornado às suas casas ou estavam tentando tirar seus móveis de edifícios danificados.
Resgate
O vice-presidente turco, Fuat Oktay, disse nesta manhã que estavam em andamento inspeções por danos em Hatay, e exortou os cidadãos a se manterem longe de edifícios danificados e a seguir as instruções das equipes de resgate.
Em Hatay, equipes de busca resgataram uma pessoa que estava presa dentro de um prédio de três andares e tentavam alcançar outras três no interior, informou a emissora HaberTurk. Os jornalistas da HaberTurk que reportavam de Hatay disseram que foram sacudidos violentamente pelo terremoto de segunda-feira, e se seguraram uns ao outros para evitar cair.
Na cidade turca de Adana, Alejandro Malaver disse que as pessoas saíram de suas casas para as ruas, carregando cobertores em seus carros. Ele disse que todos estão realmente assustados e que "ninguém quer voltar para suas casas".
Feridos
A organização síria Capacetes Brancos informou que várias pessoas ficaram feridas no noroeste da Síria, atualmente dominado pelos rebeldes, ao saltar de edifícios ou serem atingidas por escombros na cidade de Jinderis, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto de 6 de fevereiro.
"Hospitais e centros médicos registraram até o momento, segundo informações recebidas por nós, mais de 125 feridos no noroeste da Síria depois do terremoto que atingiu a região, a maioria dos quais devido a medo e pânico, [pessoas] pulando de edifícios, ou casos de desmaios", disse o diretor da organização, Raed Saleh, no Twitter.
A Sana, agência de notícias estatal da Síria, informou que seis pessoas ficaram feridas em Aleppo por causa da queda de escombros.
O terremoto de 6 de fevereiro matou quase 47 mil pessoas nos dois países – 41.156 delas na na Turquia, onde mais de um milhão e meio de pessoas estão em abrigos temporários. Na Síria, pelo menos outras 5,9 mil morreram. As autoridades turcas registraram mais de 6 mil tremores secundários desde então.