Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Papa conclui viagem à Turquia pedindo união entre cristãos

Durante sua visita à Turquia, o Papa Leão XIV celebrou os 1,7 mil anos do Concílio de Niceia, enfatizando a necessidade de união entre cristãos em tempos de conflitos.

Domingo, 30 de Novembro de 2025 às 12:36, por: CdB

A passagem do papa pela Turquia foi marcada pela visita a Iznik, onde celebrou os 1,7 mil anos do Concílio de Niceia.

Por Redação, com ANSA – de Ancara

O papa Leão XIV concluiu neste domingo sua visita à Turquia e embarcou para o Líbano, segunda etapa de sua primeira viagem internacional desde que assumiu o comando da Igreja Católica, em maio passado.

Papa conclui viagem à Turquia pedindo união entre cristãos | Papa Leão XIV embarca para Beirute, no Líbano
Papa Leão XIV embarca para Beirute, no Líbano

Roberto Prevost partiu para Beirute em um avião A320 operado pela ITA Airways, após equipes técnicas terem efetuado a troca de um monitor de bordo da aeronave devido a um recall urgente convocado pela fabricante Airbus em função do risco de danos provocados por radiação solar intensa.

A passagem do papa pela Turquia foi marcada pela visita a Iznik, onde celebrou os 1,7 mil anos do Concílio de Niceia, primeiro evento a resolver controvérsias teológicas no cristianismo primitivo, como a natureza divina de Jesus, e por um passeio na Mesquita Azul de Istambul, apesar de Leão XIV ter se recusado a rezar no principal templo muçulmano do país.

Seus últimos compromissos em Istambul antes de partir para o Líbano foram uma visita à Catedral Armênia Apostólica e a participação na Divina Liturgia no Patriarcado de Constantinopla, que exerce a liderança espiritual dos ortodoxos, como parte dos esforços da Santa Sé para aproximar as diferentes religiões cristãs.

Leão XIV

– Houve muitos mal-entendidos e até conflitos entre cristãos de diferentes igrejas no passado, e ainda existem obstáculos que nos impedem de estar em plena comunhão, mas não devemos recuar em nosso compromisso com a unidade – disse Leão XIV em seu discurso para os ortodoxos.

– Neste tempo de conflitos sangrentos e violência, católicos e ortodoxos são chamados a ser construtores da paz – acrescentou.

Já o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, alertou que os cristãos “não podem ser cúmplices do derramamento de sangue que está ocorrendo na Ucrânia e em outras partes do mundo”, tampouco “permanecer indiferentes às injustiças” sofridas pelos mais fracos ou “ignorar os problemas das mudanças climáticas”.

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