Estão sumidas cerca de 8 mil munições de calibre .40 e 3 mil itens usados em fuzil 7,62. As munições, diz o documento, apesar de constarem do sistema de controle, não se encontram no paiol da unidade.
Por Redação, com CartaCapital - do Rio de Janeiro
Um relatório realizado pelo responsável da Reserva de Armamento Bélico, revelado pelo diário conservador carioca O Globo desta quinta-feira, revela que ao menos 15,5 mil munições desapareceram do 18º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, situado em Jacarepaguá.
Estão sumidas cerca de 8 mil munições de calibre .40 e 3 mil itens usados em fuzil 7,62. As munições, diz o documento, apesar de constarem do sistema de controle, não se encontram no paiol da unidade.
O batalhão está localizado no meio de território dominado e disputado entre traficantes do Comando Vermelho e grupos milicianos.
O documento ainda revela uma insegurança com os equipamentos bélicos. Ele aponta, por exemplo, que a unidade precisaria de pelo menos mais 38 fuzis para “salvaguardar guarnições, que, por muitas vezes, em dias de operações, ficam desguarnecidas, sem armamento de emprego coletivo.”
O responsável pelo levantamento ainda investigou se outras unidades também apresentavam defasagem de munições. Em resposta, colegas afirmaram que não usam o sistema eletrônico, conhecido como SisMatBel, usado pelo 18º batalhão, por identificarem uma defasagem de dados.
O sistema, vale frisar, ainda seria o oficial para a contabilização de equipamentos bélicos.
Polícia Militar
Em janeiro, a Polícia Militar publicou uma resolução em que diz que o SisMatBel serve de “base para o funcionamento dos demais subsistemas de controle da movimentação de material bélico da Corporação”.
Segundo a corporação, a plataforma faz um diagnóstico de todo sistema, melhorando o controle interno e evitando qualquer desvio que possa alimentar o crime e a corrupção de agentes.
Em nota, a assessoria da Secretaria de Polícia Militar do Rio informa que, “sobre o número de fuzis do 18° BPM (Jacarepaguá), a unidade já recebeu recentemente a quantidade de fuzis necessários para atender sua necessidade”. Já a respeito do suposto sumiço de munições, a pasta alega que “o comando da unidade esclarece que a diferença entre os números (do sistema e do paiol) ocorre devido ao atraso na homologação do consumo desses materiais pelo próprio efetivo da unidade.”