A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 0,9%, segundo o atual Boletim Focus, do Banco Central (BC). O Ministério da Fazenda projeta o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 1,6%.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira, que não concorda com as “avaliações negativas” que preveem crescimento do país em menos de 1%.
— Vamos ver o que vai acontecer quando a chamada economia micro, pequena e média começar a acontecer nos rincões desse país. Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, a comprar mais, a vender mais. Vamos perceber que a economia vai dar um salto importante — afirmou.
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 0,9%, segundo o atual Boletim Focus, do Banco Central (BC). O Ministério da Fazenda projeta o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 1,6%.
Há também as previsões do BC, que é de 1,2%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado semana passada, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê um PIB de 1,4% neste ano.
Obras paradas
Na abertura do encontro, Lula afirmou que a gestão “já conseguiu recuperar quase todas políticas sociais”, com exceção dos programas ‘Água Para Todos’ e ‘Luz Para Todos’. Os próximo passos, segundo ele, serão dados a partir de discussões sobretudo relativas à infraestrutura, setor em que há “muitas obras paralisadas”.
O presidente afirmou que não acredita nas avaliações que concluem sobre baixo crescimento do PIB, segundo alguns analistas.
— Acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo. Vai depender muito da disposição do governo, da área produtiva. Ninguém vai investir em cavalo que não corre. Se você está em uma corrida de cavalo dizendo que seu cavalo é pangaré, que está cansado, ninguém vai fazer nenhuma aposta — comparou Lula.
Fraternidade
Segundo o presidente, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), voltou da China com “100% de otimismo”. Fávaro disse à mídia conservadora que o que trouxe “de mais importante na bagagem de lá (foi) o sentimento de que os laços de fraternidade entre o Brasil e China estão restabelecidos”.
Lula deu o exemplo do desembargo da carne bovina brasileira por conta do “evento atípico” que foi resolvido em 29 dias, “enquanto em 2021 foram mais de 100 dias”.
Após a pneumonia que provocou o adiamento da viagem, Lula embarca à China entre os dias 10 e 11 de abril. Com o adiamento, o governo acabou antecipando o anúncio do arcabouço fiscal, o que foi feito na última quinta-feira.
Parcerias
Lula disse, ainda, acreditar que vai passar a “sonhada nova política tributária” no Congresso e acrescentou que sua atual “obsessão” é promover investimentos e “fazer esse país voltar a crescer”. O presidente declarou ainda estar “muito otimista com a proposta de Parceria Público-Privada (PPP) que vamos colocar em discussão”.
— O país crescendo vai gerar emprego, o emprego vai gerar salário, o salário vai gerar aumento de consumo do povo, a roda gigante da economia volta a funcionar e todo mundo vai voltar a ser otimista no país — concluiu.