Rio de Janeiro, 14 de Dezembro de 2024

Lula planeja reverter danos causados por Bolsonaro ao meio ambiente

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Terça, 20 de Dezembro de 2022 às 10:59, por: CdB

Com uma pequena ajuda financeira às famílias em situação de extrema pobreza, instaladas em áreas relevantes para preservação ambiental, o programa visa ampliar a defesa do ecossistema. Um desenho básico do programa já existia no governo da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) e chegou a sobreviver, durante o governo do presidente de facto, Michel Temer (MDB).

Por Redação - de Brasília
Tão logo inicie o governo, em janeiro do ano que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja iniciar um programa de assistência social e ambiental, chamado ‘Bolsa Verde’. Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, a iniciativa será planejada e realizada no âmbito do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com o objetivo de reverter os danos causados pela gestão do mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) aos biomas brasileiros.
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O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) é cotado para ocupar o Ministério da Agricultura
Com uma pequena ajuda financeira às famílias em situação de extrema pobreza, instaladas em áreas relevantes para preservação ambiental, o programa visa ampliar a defesa do ecossistema. Um desenho básico do programa já existia no governo da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) e chegou a sobreviver, durante o golpe de Estado de 2016, ao governo do presidente de facto, Michel Temer (MDB), com o pagamento de R$ 100 por mês a essas famílias.

Iniciativa

Embora a quantia seja irrisória, considerada a especificidade da tarefa esperada por parte dos contratados, os resultados aferidos superaram as expectativas no cuidado ao meio ambiente, na da região onde habitam, com o uso sustentável dos recursos naturais locais e a preservação da natureza; além de participar no trabalho de monitoramento, ao lado de agentes públicos. Os recursos para a iniciativa já estão previstos em R$ 200 milhões, no Orçamento do Ministério do Meio Ambiente, e o programa consta como uma das prioridades da pasta, em 2023. Os técnicos estudam um possível reajuste dos valores destinados às famílias, em pagamentos trimestrais. O plano prevê que a iniciativa seja liderada pelo MMA, em parceria com o Incra, que controla o cadastro rural, e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que administra as unidades de conservação federais. A Secretaria de Patrimônio da União também deverá atuar como parceira do programa.

Resgate

A equipe do presidente Lula, ligada ao meio ambiente, estuda ainda criar uma linha de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para converter áreas degradadas e de pastagens em novas áreas para a agricultura. O objetivo será incentivar a ampliação das plantações no Brasil e desincentivar a abertura de novas terras por meio do desmatamento. A iniciativa foi anunciada pelo senador Carlos Fávaro (PSD-MT), cotado para ocupar o Ministério da Agricultura. — Tira a pressão sobre novos desmatamentos. Se o produtor for fazer novo desmatamento, terá que ir com recursos próprios e ter todos os riscos de punições que serão severas a partir de 1º de Janeiro. Não dá pra passar a boiada. Se quiser fazer a coisa certa, converter pastagens, vai ter financiamento — resumiu Fávaro.
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