Lula, segundo fontes, prefere aferir o tamanho das representações partidárias, após as eleições; bem como o cenário no Congresso. Anteriormente, a previsão era de uma mexida na Esplanada dos Ministérios após as eleições municipais.
Por Redação – de Brasília
Na avaliação de ministros próximos ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo passará por uma reforma ministerial no ano que vem, após o resultado das eleições para presidentes da Câmara e do Senado, que serão em fevereiro do próximo ano. Anteriormente, a previsão era de uma mexida na Esplanada dos Ministérios após as eleições municipais, no mês que vem.
Em uma análise mais detalhada do momento político, no entanto, assessores graduados do presidente têm dito à mídia conservadora, de forma velada, que não existir mais a certeza de mudança na equipe de governo, ainda neste ano. Lula, segundo fontes, prefere aferir o tamanho das representações partidárias, após as eleições; bem como o cenário no Congresso, após a disputa de forças pelas mesas da Câmara e do Senado.
‘Centrão’
Um dos fatores que implicou para maior cautela, antes de mexer na equipe, de acordo com analistas, é a divisão porque passam as bancadas conservadoras, na Câmara. O choque entre deputados para escolha do substituto de Arthur Lira (PP-AL) não passou despercebido no edifício do Executivo, do outro lado da rua.
Embora apareça como favorito na disputa pela Mesa Diretora da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) não conseguiu o consenso das bancadas que integram o ‘Centrão’. O governo avalia que a tarefa ficou ainda mais difícil. A missão de agradar a tantos partidos passa pela divisão de espaços, na Esplanada.
O principal empecilho para que a direita consiga se unir em torno de um nome na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) tem sido a votação de uma anistia aos terroristas presos, após o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro.