Prates é crítico da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) e já propôs no Senado diversas alternativas para a compensação do preço de combustíveis. Na transição, ele defendeu a criação de algum mecanismo que sirva de “colchão de amortecimento” para as flutuações de preços.
Por Redação - de Brasília
O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, será o novo presidente da Petrobras. A informação foi confirmada à coluna pela presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann. O parlamentar foi um dos coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição.
Prates é crítico da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) e já propôs no Senado diversas alternativas para a compensação do preço de combustíveis. Na transição, ele defendeu a criação de algum mecanismo que sirva de “colchão de amortecimento” para as flutuações de preços. Na visão de Prates, a política de preços deve ser definida pelo governo e não pela empresa.
— Quem define política de preço de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado e a gente tem que desfazer de uma vez por todas é dizer que a Petrobras define política de preços de combustível. Não vai ser assim. Vai seguir a política do governo? Claro — afirmou.
Novo chefe
O futuro presidente da estatal também afirmou que a política de distribuição de dividendos será revista.
O nome do parlamentar como novo chefe da Petrobras foi confirmado, nesta manhã, no blog pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
O preço dos combustíveis está entre os primeiros desafios que Lula vai enfrentar ao assumir o governo. A estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura é que o impacto para o consumidor, com a alta dos combustíveis, será de R$ 0,69 por litro na gasolina, R$ 0,26 no etanol e R$ 0,33 no diesel.