Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Lula e Fernández conversam sobre política, em almoço no Planalto

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Segunda, 26 de Junho de 2023 às 12:31, por: CdB

Maior parceira comercial do Brasil na América Latina, a Argentina encontra-se mergulhada em mais uma crise econômica, com o peso desvalorizado, a consequente perda do poder de compra e altos índices inflacionários.


Por Redação - de Brasília

Na visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta segunda-feira, do presidente da Argentina, Alberto Fernández, a pauta estava muito mais para política do que econômica, embora os dois pontos não escaparam do diálogo entre vizinhos. No Palácio do Planalto, os chefes dos Executivos brasileiro e argentino fizeram um balanço das três visitas anteriores e os passos seguintes em áreas sensíveis entre os dois países, a exemplo dos avanços nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia, após a viagem de Lula encerrada no último sábado.

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Lula e Fernández são velhos conhecidos e, agora, encontram-se pela quarta vez desde a vitória do petista


Maior parceira comercial do Brasil na América Latina, a Argentina encontra-se mergulhada em mais uma crise econômica, com o peso desvalorizado, a consequente perda do poder de compra e altos índices inflacionários. Em março, a inflação argentina chegou a 104% ao ano.

Desde que assumiu o governo, Lula tem articulado um intercâmbio maior entre os vizinhos de forma a irrigar a economia sul-americana, no papel de um ator decisivo para o desenvolvimento regional; além de ampliar as exportações brasileiras. Depois da posse de Lula, em janeiro, o presidente brasileiro fez uma visita oficial à Argentina na sua primeira viagem internacional e Fernández veio outras duas vezes a Brasília – uma para se reunir diretamente com o presidente da República, em maio, e outra para participar da cúpula de presidentes sul-americanos.

Candidato


No encontro desta segunda-feira, Lula e Fernández abordaram ainda a reviravolta na política do país vizinho, na última sexta-feira, quando o atual ministro da Economia, Sergio Massa, começou a semana como o candidato à Presidência do grupo que ocupa o governo. O prazo para a inscrição de pré-candidatura termina no próximo sábado. Em agosto, todas as frentes políticas realizarão prévias e, desde já, os peronistas (corrente política do atual governo) trabalha para apresentar um único candidato.

Na sexta-feira, o ministro do Interior, Wado de Pedro, que dormiu com convite da legenda, ele que é um aliado da ex-presidente Cristina Kirchner, teve um dia inteiro para pensar e preferiu indicar o colega de ministério Sergio Massa (Economia). O candidato a vice-presidente será Agustin Rossi.

A desistência de Wado de Pedro ocorreu depois que outro político, Daniel Scioli, que é o atual embaixador da Argentina em Brasília e que queria ser candidato, também foi descartado. Em uma mensagem nesta segunda-feira, nas redes sociais, Pedro afirma que o União pela Pátria (o nome da coligação) são reconhecidos por conceder “mais importância ao projeto coletivo do que aos planos individuais”.

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