Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Líderes da direita organizam legenda de centro, moderada e capitalista

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Sexta, 09 de Novembro de 2018 às 15:34, por: CdB

O novo partido a que Alckmin se referiu, na conversa, tem sido articulado nos últimos dias como parte da reorganização política, em curso.

 
Por Redação - de São Paulo
  O ‘passo de ganso’ do eleitorado brasileiro à direita, nas últimas eleições, provocou um maremoto no ninho tucano e a legenda tende a se dividir na próxima convenção, marcada para maio do ano que vem. Com a saída dos ex-governadores Geraldo Alckmin e Alberto Goldman e, possivelmente, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a legenda estará esvaziada e entregue ao novo governador paulista, João Doria.

Direita, volver!

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Situação de Alckmin após a derrota, nas urnas, fica mais desgastada junto ao PSDB
Ambos conversaram durante um almoço, nesta sexta-feira, no qual Alckmin teria conversado com Doria sobre os destinos da legenda que ainda preside. De acordo com apuração de um dos diários paulistanos conservadores, Alckmin teria dito ao interlocutor que deixará a Presidência do PSDB, no ano que vem. Embora pense em manter suas atividades políticas, em um novo partido, seguirá com as aulas, palestras e à prática da Medicina. O novo partido a que Alckmin se referiu, na conversa, tem sido articulado nos últimos dias como parte da reorganização política porque o país já começou a colocar nos trilhos, após a eleição do candidato neofascista, Jair Bolsonaro (PSL). O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que passará o cargo a João Doria, tem sido um dos interlocutores da iniciativa, ao lado de Alckmin. Integram, ainda, as rodas de conversa o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB) e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); o apresentador Luciano Huck e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung; além do ex-deputado comunista Aldo Rebelo, hoje no Solidariedade. O presidente do PPS, ex-senador Roberto Freire, também teria sido convidado para participar da nova legenda.

Divisão

Na véspera, Alckmin e Tasso jantaram, em Brasília, e alinharam o discurso para a despedida do PSDB, uma vez que admitem o êxito de João Doria na campanha pelo comando do partido, com a imediata aproximação ao presidente eleito. Em artigo publicado na edição dominical de um dos diários conservadores paulistanos, Fernando Henrique Cardoso chamou a iniciativa da direita de "centro radical". "A consolidação de um novo movimento requer desde já a pavimentação de alianças, não só no círculo político, mas principalmente na sociedade, para formar um polo aglutinador da construção de um futuro melhor", escreveu FHC. Ainda na conversa entre Alckmin e Jereissati, a pá de cal no ninho tucano foi selada com a entrevista coletiva de Doria e mais dois tucanos eleitos governadores (Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul). Ali ficou marcada a divisão da legenda e a aproximação ao governo Bolsonaro.
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