A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.548 no trimestre encerrado em março. O resultado representa queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 237,673 bilhões no trimestre até março, alta de 0,2% ante igual período do ano anterior.
Por Redação - de São Paulo
O desemprego no país ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,9%. No trimestre encerrado em fevereiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%, perto da estagnação.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.548 no trimestre encerrado em março. O resultado representa queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 237,673 bilhões no trimestre até março, alta de 0,2% ante igual período do ano anterior.
Rendimento
O rendimento médio real, que cresceu 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro foi estimado em R$ 2.548. Na visão da coordenadora, esse aumento é importante considerar que o indicador vinha em queda desde o segundo trimestre do ano passado.
— De modo geral, quando a participação dos trabalhadores formais aumenta, o rendimento médio da população ocupada tende a crescer — acrescentou.\
Apesar desse desempenho, em relação ao trimestre terminado em março do ano passado, o indicador registrou queda de 8,7%. A massa de rendimento foi estimada em R$ 237,7 bilhões, ficando estável na comparação com o trimestre anterior e também na comparação com igual período do ano anterior.
Conta própria
O número de trabalhadores por conta própria na comparação com o último trimestre caiu 2,5%. Isso quer dizer que 660 mil pessoas dessa categoria saíram do mercado. De acordo com o IBGE, nesse contingente, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ. Conforme a pesquisadora, os empregados sem carteira no setor privado ficaram estáveis, depois de três trimestres em expansão, mas o número de trabalhadores por conta própria teve retração após cinco trimestres de aumento.
— No trimestre encerrado em março, essa queda no trabalho por conta própria respondeu pela redução no total da população ocupada — concluiu.