Leona, de 19 anos, segue em observação após episódio que ocorreu durante visitação; direção afirma que reação foi instintiva e que parque permanece fechado para investigação.
Por Redação, com Agenda do Poder – de Brasília
A direção do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa, descartou o sacrifício da leoa que matou um homem após a invasão do recinto no domingo. O animal, chamado Leona, tem 19 anos, nasceu no próprio zoológico e permanece em observação pela equipe técnica devido ao nível elevado de estresse registrado após o ataque.

O caso ocorreu por volta das 10h, durante o horário de visitação. Segundo a prefeitura, o homem escalou uma parede de mais de seis metros, ultrapassou as grades de segurança e utilizou uma árvore como apoio para alcançar a área restrita. Vídeos feitos por visitantes mostram o momento em que ele entra no recinto e é atacado em seguida. A vítima foi identificada como Gerson de Melo Machado, de 19 anos. De acordo com o Instituto de Polícia Científica (IPC), a morte foi causada por choque hemorrágico decorrente de ferimentos no pescoço.
Leoa nasceu no parque e não apresenta comportamento agressivo fora do episódio
Segundo a direção da Bica, Leona é filha de Darah e Sadam e vive no local desde 2006. O parque afirma que o comportamento registrado foi uma reação instintiva à invasão e que o animal não apresenta histórico de agressividade fora desse contexto. Após o ataque, a leoa foi recolocada na área de segurança sem uso de dardos ou armas, atendendo aos comandos de treinamento anual.
De acordo com a organização do parque, uma equipe formada por veterinários, biólogos e zootecnistas mantém monitoramento contínuo do estado de saúde e comportamento do animal, que seguirá em acompanhamento nas próximas semanas.
Parque segue fechado
O Parque Arruda Câmara segue com visitação suspensa por tempo indeterminado. A prefeitura abriu investigação para apurar as circunstâncias da invasão e reiterou que o recinto segue normas técnicas e possui barreiras acima do exigido, com altura excedente e borda negativa.
A Polícia Militar, o IPC e o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) foram acionados. O CRMV informou que criará uma comissão técnica para avaliar protocolos e estruturas de segurança da Bica.