Rio de Janeiro, 09 de Abril de 2025

Lava Jato: ex-governador do Paraná é preso pela segunda vez

No ano passado, em meio à campanha eleitoral, Richa chegou a ser alvo numa investigação estadual sobre suspeita de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais em troca de propina.

Sexta, 25 de Janeiro de 2019 às 08:21, por: CdB

No ano passado, em meio à campanha eleitoral, Richa chegou a ser alvo numa investigação estadual sobre suspeita de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais em troca de propina.

Por Redação, com Reuters - de Brasília

A Justiça do Paraná atendeu pedido de procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato e determinou a prisão preventiva do ex-governador Beto Richa (PSDB), citando na decisão indícios suficientes de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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Ex-governador Beto Richa (PSDB)
O tucano foi preso em casa às 7h nesta sexta-feira, informou a Justiça Federal do Paraná. O juiz substituto Paulo Sergio Ribeiro também atendeu a pedido para apreensão de celulares de Richa e quebra de sigilo dos dados armazenados nos aparelhos. As decisões também valem para o contador Dirceu Pupo Ferreira. – De acordo com as investigações, o ex-governador Beto Richa foi beneficiário de pelo menos R$ 2,7 milhões em propinas pagas em espécie pelas concessionárias de pedágio do Paraná e por outras empresas que mantinham interesses no governo – afirmou o Ministério Público Federal do Paraná em comunicado. – A prisão se mostrou imprescindível em razão da recente tentativa comprovada de obstrução das investigações pelos envolvidos. A apuração demonstrou que, em agosto de 2018, a fim de impedir que o esquema fosse descoberto, Dirceu Pupo Ferreira, agindo a mando de Beto Richa, procurou um dos corretores de imóveis que intermediou a negociação de salas comerciais e solicitou que, caso fosse intimado a depor pela investigação, ocultasse a existência de pagamentos em espécie por fora – acrescentou o MPF. No ano passado, em meio à campanha eleitoral, Richa chegou a ser alvo numa investigação estadual sobre suspeita de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais em troca de propina. Posteriormente foi solto por ordem do Supremo Tribunal Federal, mas não conseguiu se eleger senador pelo Paraná.

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