Rio de Janeiro, 13 de Abril de 2025

Kremlin rejeita novos relatórios dos EUA que apontam interferência da Rússia em eleição

A agência russa trabalhou para erodir a confiança nas instituições democráticas dos EUA, e suas atividades não pararam, alertou.

Terça, 18 de Dezembro de 2018 às 08:57, por: CdB

A agência russa trabalhou para erodir a confiança nas instituições democráticas dos EUA, e suas atividades não pararam, alertou. O comitê coletou dados das empresas de redes sociais que foram usados pelos especialistas particulares em sua análise.

Por Redação, com Reuters - de Moscou

O Kremlin rejeitou nesta terça-feira dois novos relatórios dos Estados Unidos alegando interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016, dizendo que os documentos carecem de detalhes e não explicam como o governo da Rússia esteve supostamente envolvido.
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O Kremlin rejeitou nesta terça-feira dois novos relatórios dos Estados Unidos alegando interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016
Os relatórios de especialistas particulares divulgados na segunda-feira por senadores democratas e republicanos dos EUA alegam que a interferência eleitoral de Moscou nas redes sociais foi mais ampla do que se acreditava e incluiu tentativas de dividir os norte-americanos por raça e extremismo ideológico. A Internet Research Agency do governo russo, sediada em São Petersburgo, na Rússia, tentou manipular a política dos EUA, disseram os relatórios, um elaborado pelos analistas de redes sociais New Knowledge e o outro por uma equipe da Universidade Oxford que trabalhou com a empresa de análise Graphika. Em grande medida os dois relatórios verificaram descobertas anteriores de agências de inteligência dos EUA, mas detalharam muito mais a atividade russa, iniciada anos atrás e ainda em curso, disseram os relatórios e parlamentares destacados. Trolls russos, por exemplo, tentaram incentivar “movimentos secessionistas” na Califórnia e no Texas, informou o relatório da New Knowledge. – Estes dados recém-divulgados demonstram o quão agressivamente a Rússia tentou dividir os americanos por raça, religião e ideologia – disse Richard Burr, republicano que preside o Comitê de Inteligência do Senado, em um comunicado. A agência russa trabalhou para erodir a confiança nas instituições democráticas dos EUA, e suas atividades não pararam, alertou. O comitê coletou dados das empresas de redes sociais que foram usados pelos especialistas particulares em sua análise. O senador Mark Warner, democrata mais graduado do comitê, disse: “Estes relatórios demonstram até que ponto os russos exploraram as fragilidades da nossa sociedade para dividir os americanos na tentativa de minar e manipular nossa democracia. – Estes ataques... foram muito mais abrangentes, calculistas e disseminados do que se revelou anteriormente. A Oxford/Graphika disse que os russos disseminaram “notícias políticas distorcidas e informações falsas sensacionalistas, conspiratórias e de outras formas a eleitores de todo o espectro político”. O grupo afirmou que trolls russos exortaram afro-norte-americanos a boicotarem a eleição ou seguir procedimentos de votação errados e ao mesmo tempo estimularam eleitores de direita a serem mais combativos. O Kremlin tem negado reiteradamente qualquer interferência na política dos EUA, e descreve as alegações como parte de uma campanha anti-Rússia politicamente motivada.
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