Rio de Janeiro, 21 de Maio de 2025

Kremlin diz que Putin quer paz na Ucrânia, mas descarta acordo apressado

Kremlin afirma que Putin está aberto à paz na Ucrânia, mas destaca a complexidade do conflito e a necessidade de tempo para um acordo.

Quarta, 30 de Abril de 2025 às 11:00, por: CdB

O presidente dos EUA, Donald Trump, que diz que quer ser lembrado como um pacificador, tem dito repetidamente que quer acabar com o “banho de sangue” .

Por Redação, com Reuters – de Moscou

O presidente russo, Vladimir Putin, está aberto a paz na Ucrânia e um intenso trabalho está sendo realizado com os Estados Unidos, mas o conflito é tão complicado que o rápido progresso que Washington deseja é difícil de ser alcançado, disse o Kremlin nesta quarta-feira.

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O presidente russo, Vladimir Putin

O presidente dos EUA, Donald Trump, que diz que quer ser lembrado como um pacificador, tem dito repetidamente que quer acabar com o “banho de sangue” da guerra de mais de três anos na Ucrânia.

Mas Washington tem sinalizado que está frustrado com o fracasso de Moscou e Kiev em chegar a um acordo para acabar com a guerra terrestre mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

– O presidente (russo) continua aberto a métodos políticos e diplomáticos para resolver esse conflito – disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.

Ele observou que Putin havia expressado sua disposição para conversas diretas com a Ucrânia, mas que ainda não havia recebido nenhuma resposta de Kiev.

Os objetivos da Rússia têm que ser alcançados de qualquer maneira, acrescentou, dizendo que a preferência de Moscou é alcançar esses objetivos pacificamente.

– Entendemos que Washington está disposto a obter um rápido sucesso nesse processo – afirmou Peskov em inglês. Mas, segundo à agência russa de notícias Tass, Peskov disse que as causas da guerra na Ucrânia são muito complexas para serem resolvidas em um dia.

Decisão de Putin

A decisão de Putin de enviar dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em 2022 desencadeou o pior confronto entre Moscou e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.

O ex-presidente dos EUA Joe Biden, os líderes da Europa Ocidental e a Ucrânia classificam a invasão como uma apropriação de terras no estilo imperial e prometeram repetidamente derrotar as forças russas.

Putin apresenta a guerra como um momento decisivo nas relações de Moscou com o Ocidente, que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda da União Soviética em 1991, ampliando a Otan e invadindo o que considera a esfera de influência de Moscou, incluindo a Ucrânia.

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