Rio de Janeiro, 18 de Julho de 2025

Justiça confirma pena a homem que furtou barras de chocolate

STJ nega recurso de homem condenado por furtar barras de chocolate. Entenda a decisão sobre furto famélico e sanções restritivas de direitos.

Quarta, 02 de Julho de 2025 às 15:06, por: CdB

A pena imposta ao réu era de um ano dois meses de reclusão em regime inicial semiaberto, mas posteriormente foi convertida em sanções restritivas de direitos.

Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou o recurso de um homem condenado por furtar seis barras de chocolate de um supermercado de Sertãozinho, no interior de São Paulo.

Justiça confirma pena a homem que furtou barras de chocolate | A Corte negou a tese de furto famélico e rejeitou o recurso do réu
A Corte negou a tese de furto famélico e rejeitou o recurso do réu

A pena imposta ao réu era de um ano dois meses de reclusão em regime inicial semiaberto, mas posteriormente foi convertida em sanções restritivas de direitos.

A conclusão do STJ, conforme o acórdão publicado na última quinta-feira, é que não caberia aplicar a tese de furto famélico, uma vez que a barra de chocolate “não constitui alimento apto a saciar necessidade premente e não há comprovação de estado de necessidade”.

A defesa sustentou que os itens furtados chegam a apenas R$ 30, o que demonstraria a inexpressividade da lesão jurídica provocada e o estado de necessidade do paciente. O pedido era pela absolvição por ausência de tipicidade material da conduta ou por furto famélico.

Apenas o furto de comida para consumo imediato, com o objetivo de saciar a fome, praticado por uma pessoa sem condições financeiras para adquirir o alimento pode ser considerado famélico.

Quinta Turma

Ao rejeitar o recurso contra a decisão que negou a demanda da defesa, a Quinta Turma concluiu que o agravo regimental somente repetiu os argumentos do habeas corpus, sem apresentar fatos novos.

Prevaleceu o voto do relator, ministro Messod Azulay Neto, para quem a reiteração criminosa do réu também inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância.

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