Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Julgamento de 'El Chapo' Guzmán começa nos EUA

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Segunda, 05 de Novembro de 2018 às 12:40, por: CdB

Guzmán, de 61 anos, liderava o Cartel de Sinaloa, assim batizado por ter como base o Estado mexicano homônimo.

Por Redação, com Reuters - de Nova York

O julgamento do narcotraficante mexicano extraditado aos Estados Unidos Joaquín “El Chapo” Guzmán começou nesta segunda-feira em um tribunal federal do bairro nova-iorquino do Brooklyn, onde ele enfrentará a acusação de liderar uma das organizações do tráfico de drogas mais poderosas do mundo.
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Tribunal de Nova York onde será julgado "El Chapo" Guzmán
Os procuradores, os advogados de defesa e o juiz Brian Cogan começarão escolhendo o júri do que se prevê ser um julgamento de quatro meses. Os jurados serão mantido no anonimato, em um sinal do nível de atenção do caso e da notoriedade do réu. Guzmán, de 61 anos, liderava o Cartel de Sinaloa, assim batizado por ter como base o Estado mexicano homônimo.
O apelido de Guzmán, uma referência à sua altura de 1,67 metro, é muitas vezes traduzido como “Baixinho”. Ele foi extraditado do México aos EUA no dia 19 de janeiro de 2017 depois de fugir duas vezes de prisões mexicanas. À época uma autoridade mexicana disse à agência inglesa de notícias Reuters que a transferência foi uma demonstração de boa-vontade com o então novo presidente norte-americano Donald Trump, que tomou posse no dia seguinte, mas o vice-procurador-geral mexicano para as Relações Exteriores, Alberto Elias Beltrán, negou qualquer ligação. Os procuradores norte-americanos dizem que, à frente do Cartel de Sinaloa desde 2003, Guzmán direcionou a movimentação de remessas de muitas toneladas de drogas, como heroína, cocaína, maconha e metanfetamina, através das fronteiras rumo aos EUA. Se condenado, Guzmán receberá uma pena de prisão perpétua.

Testemunhas

De acordo com os autos, entre as testemunhas da acusação há ex-membros do Cartel de Sinaloa e outros envolvidos no narcotráfico que hoje cooperam com o governo dos EUA. Até agora os procuradores evitaram identificar as testemunhas, dizendo que fazê-lo as colocará em perigo. Acredita-se que algumas deporão usando pseudônimos. Embora todas as acusações do caso se refiram ao tráfico de drogas, os procuradores também devem apresentar indícios de que Guzmán se envolveu em várias tramas de assassinato durante sua carreira, inclusive em guerras com cartéis rivais. Até agora os advogados de Guzmán deram poucas pistas sobre a defesa que planejam. Um deles, Eduardo Balarezo, disse nos autos que tentará provar que seu cliente era somente um “tenente” que agiu sob a direção de outros.
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