Witkoff e Kushner se reuniriam com Zelensky nesta quarta-feira para relatar os resultados do encontro com o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, na terça.
Por Redação, com ANSA – de Washington
O encontro em Bruxelas entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e os enviados dos Estados Unidos Steve Witkoff e Jared Kushner foi cancelado devido ao retorno dos representantes americanos para Washington.
Segundo o jornal ucraniano Kyiv Post, Zelensky estava na capital belga e já embarcou de volta para Kiev, porém o motivo do cancelamento não foi divulgado.
Em seu canal no Telegram, o presidente disse apenas que seu principal negociador, Rustem Umerov, se reunirá com representantes europeus em Bruxelas para discutir as tratativas e depois iniciará preparativos para um novo encontro com a delegação dos EUA.
Witkoff e Kushner se reuniriam com Zelensky nesta quarta-feira para relatar os resultados do encontro com o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, na terça.
O colóquio no Kremlin durou cerca de cinco horas e terminou sem um acordo para levar ao fim da guerra na Ucrânia, que completará quatro anos em fevereiro de 2026. Ainda assim, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, relatou “alguns progressos” nas tratativas.
Por outro lado, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que Putin “acolheu” algumas partes do plano de paz apresentado pelos EUA, porém outras foram consideradas “inaceitáveis”.
Negociações com Moscou
O presidente Donald Trump chegou a dar um ultimato para Zelensky aceitar a oferta até 27 de novembro, mas, diante das dificuldades nas negociações com Moscou, não falou mais em prazos.
Um dos principais entraves diz respeito à concessão de territórios: a Rússia rechaça a hipótese de devolver áreas já conquistadas, enquanto a Ucrânia quer que a atual linha de frente sirva apenas como base para as negociações.
Também ainda há incertezas sobre as garantias de segurança que Kiev pede para se resguardar contra eventuais agressões de Moscou, que é contra a participação de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como pede Zelensky, nesses mecanismos.
