Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Juízes da Bélgica ficarão detidos para ver como funciona prisão

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Sábado, 17 de Setembro de 2022 às 08:26, por: CdB

De forma voluntária, 55 magistrados permanecerão encarcerados por dois dias em uma prisão perto de Bruxelas. Para ministério da Justiça, experiência pode ajudar a "pronunciar sentenças com pleno conhecimento dos fatos".

Por Redação, com DW - de Bruxelas

Voluntariamente, 55 magistrados belgas ficarão detidos neste fim de semana em uma prisão na região de Bruxelas para ver de perto como é a vida dos presos, anunciou neste sábado o ministro da Justiça da Bélgica, Vincent Van Quickenborne.
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Voluntariamente, 55 magistrados belgas ficarão detidos neste fim de semana em uma prisão na região de Bruxelas
– Os magistrados sabem como as coisas são feitas numa prisão, mas experimentá-las por si mesmos pode ajudá-los a pronunciar sentenças com pleno conhecimento dos fatos – disse Van Quickenborne, citado em comunicado. Os magistrados chegaram na manhã deste sábado à prisão de Haren, uma nova instalação com capacidade para 1.190 reclusos que deverá abrir no dia 30 de setembro. Eles serão tratados como verdadeiros detidos até o final de domingo, explicou um porta-voz da administração prisional à agência de notícias AFP.

Sem celulares, mas com visitas

Entre os participantes estão juízes criminais, juízes de instrução e procuradores, entre outros. Eles seguirão as ordens e instruções do pessoal da prisão. O objetivo é tornar o encarceramento o mais realista possível", diz o comunicado. "Não poderão usar celulares, mas terão a oportunidade de receber visitas de familiares, tal como os verdadeiros detidos. Os magistrados seguem o horário diário normal dos detidos, comem as mesmas refeições e têm as mesmas atividades obrigatórias. Farão, entre outras tarefas, serviço de empregados na cozinha e de lavandaria. Às 22h as luzes são apagadas", disse o ministério. Se tiverem "dificuldades em suportar esta permanência na prisão", eles têm a possibilidade de interromper a experiência a qualquer momento. – Esta imersão oferece aos magistrados que ditam as condenações a prisão a oportunidade de experimentar o que significa a privação de liberdade – disse Rudy Van de Voorde, diretor-geral dos Estabelecimentos Penitenciários, também citado no comunicado.
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