Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Judoca da Argélia desiste de competir contra israelense em Paris

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Segunda, 29 de Julho de 2024 às 11:29, por: CdB

Nascido em Oran, na Argélia, Messaoud Dris tem 22 anos, e é o segundo atleta a desistir de uma competição como protesto contra a presença do israelense Batbull.

Por Redação, com CartaCapital – de Paris

O judoca Messaoud Redouane Dris desistiu da disputa da categoria até 73 quilos nos Jogos Olímpicos de Paris.

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Argélia faz parte da lista de países que defende que Israel não esteja nos Jogos Olímpicos

A decisão foi tomada no último domingo, quando Dris, que é argelino, foi selecionado para enfrentar o judoca israelense Tohar Butbul.

A Argélia não reconhece Israel como um país e se soma à lista de nações, o Irã entre elas, que são contrárias à presença de Israel nas Olimpíadas.

Nascido em Oran, na Argélia, Messaoud Dris tem 22 anos, e é o segundo atleta a desistir de uma competição como protesto contra a presença do israelense Batbull. O primeiro caso ocorreu em 2021, em Tóquio, quando o argelino Fethi Nourine citou seu apoio à Palestina para abrir mão da luta.

Oficialmente, Dris se apresentou para a pesagem estando acima do limite permitido. A Federação Internacional de Judô (FIJ) disse que vai abrir uma “exaustiva investigação sobre o caso” após a suspeita de que o peso não tenha sido batido propositalmente.

“Não podemos justificar o excesso de peso de Dris, mas estamos decididos a atuar para que todos os atletas compitam em condições iguais e equitativas”, escreveu a FIJ em comunicado.

A nota também citou a questão política no caso: “os atletas são muitas vezes vítimas de conflitos políticos que estão acima deles”.

Comitê Olímpico Israelense

Segundo o Comitê Olímpico Israelense, a decisão de Dris de abrir mão do confronto por apoiar a Palestina seria ‘condenável:

“Achamos que esse tipo de comportamento não tem lugar no mundo do esporte”, reagiu o Comitê Olímpico Israelense.

Butbul, que foi eliminado na luta seguinte por Hidayat Heydarov, do Azerbaijão, também citou a decisão de Dris como uma ‘questão política’.

– Às vezes a política atrapalha (o esporte). Pode ser que ele quisesse lutar, mas seu governo não o permitiu. (…) Acho que são vítimas – disse o judoca ao diário conservador carioca O Globo, que acompanha o evento em Paris.

O governo argelino não comentou a acusação.

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