A bordo do avião, um Airbus A330, estavam passageiros de 33 nacionalidades, incluindo 61 franceses, 58 brasileiros, dois espanhóis e um argentino.
Por Redação, com Reuters – de Paris
A Air France e a fabricante de aeronaves Airbus serão julgadas em apelação a partir de segunda-feira, na França, por homicídio culposo no acidente aéreo Rio-Paris, que matou 228 pessoas em 2009, após as empresas terem sido absolvidas em primeira instância. Em 1º de junho de 2009, o avião que operava o voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris caiu no meio da noite enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, poucas horas após a decolagem.

A bordo do avião, um Airbus A330, estavam passageiros de 33 nacionalidades, incluindo 61 franceses, 58 brasileiros, dois espanhóis e um argentino. A tripulação de 12 pessoas era composta por 11 franceses e um brasileiro. O tribunal correcional de Paris absolveu a Airbus e a Air France da acusação criminal de homicídio culposo em abril de 2023, embora tenha reconhecido sua responsabilidade civil.
O julgamento, que combinou uma análise altamente técnica com a tragédia daqueles que perderam entes queridos, determinou que ambas as empresas cometeram “falhas”, mas “nenhum vínculo causal definitivo” com o acidente pôde ser demonstrado.
Multa
A Procuradoria-Geral recorreu da decisão e um julgamento de dois meses começa em Paris na segunda-feira, terminando em 27 de novembro. Cada empresa pode ser multada em 225 mil euros (R$ 1,4 milhão).
Nos dias seguintes ao acidente, alguns corpos de passageiros e destroços da aeronave foram encontrados, incluindo um fragmento com a pintura azul, branca e vermelha da Air France. Mas a fuselagem só foi localizada dois anos depois, a uma profundidade de 3,9 mil metros.
As caixas-pretas confirmaram que os pilotos, desorientados por uma falha no congelamento das sondas de velocidade Pitot no meio da noite, não conseguiram interromper a queda da aeronave, que ocorreu em menos de cinco minutos.