O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, voltou atrás nas declarações feitas nesta quinta-feira e afirmou nesta sexta-feira que não há razões jurídicas para uma intervenção na Varig. Segundo ele, o governo procura uma solução de mercado para salvar a companhia aérea.
- O que o estado deseja é uma solução de mercado buscada por meio de entendimentos negociais da empresa com novos candidatos a operar a companhia e o governo examinará isso com o maior apreço, como está disposto a fazer - disse.
Alencar, que nesta sexta-feira fez palestra para oficiais do curso de políticas estratégicas da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme), na Praia Vermelha, negou que o governo esteja pensando em ajudar a Varig com financiamento por intermédio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele entende que se o governo participa e oferece tratamento diferenciado a uma empresa passa a ser motivo de crítica.
- Ou somos uma economia de mercado ou não somos e o Brasil é uma economia de mercado. Por isso, as decisões devem ser empresariais e não paternalísticas.
Sobre o consórcio português Pestana que teria anunciado o interesse em comprar 20% do capital da Varig, José Alencar disse que a proposta ainda não lhe foi comunicada oficialmente.
José Alencar descarta intervenção para solucionar a crise da Varig
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Sexta, 11 de Março de 2005 às 12:18, por: CdB