Outras pessoas disseram que o uso da palavra foi um “roubo de cultura tradicional” e imploraram para Kim mudar o nome, dizendo que a roupa íntima venderá igualmente bem se for rebatizada.
Por Redação, com Reuters - de Tóquio
O Japão enviará autoridades de patentes aos Estados Unidos para debater a polêmica a respeito da marca de roupa íntima “Kimono”, da celebridade Kim Kardashian, disse o ministro do Comércio japonês nesta terça-feira. Na segunda-feira, a estrela de reality show e empresária disse que rebatizará sua linha de modeladores porque japoneses disseram que seu uso do termo é desrespeitoso. O ministro do Comércio, Hiroshige Seko, disse estar ciente da decisão de Kim, mas que ainda quer “um exame cuidadoso” da questão. – Isso se tornou um grande assunto nas redes sociais – disse Seko durante uma coletiva de imprensa de rotina em Tóquio, acrescentando que questões de marca registrada estão sob sua jurisdição – O kimono é visto em todo o mundo como uma parte distinta de nossa cultura –explicou. “Mesmo na América, sabe-se bem que o kimono é japonês”. Kim disse que anunciou os produtos Kimono em junho “com as melhores intenções em mente” e que valoriza as respostas que recebeu. – Minhas marcas e produtos são criados com inclusividade e diversidade em seu cerne, e depois de refletir cuidadosamente, lançarei minha marca Solutionwear com um novo nome – tuitou. Em japonês, kimono significa “coisa que é vestida” e se refere a túnicas de corpo inteiro usadas em ocasiões formais, como casamentos e funerais. O uso que Kim fez da palavra para peças íntimas e seu pedido para registrar a marca aborreceram muitas pessoas. – Kimono não é roupa íntima! Impeçam o registro da marca! Não se aposse da palavra kimono! – escreveu Ruu, um usuário do Twitter, após o anúncio do lançamento, ecoando uma reação comum. Outras pessoas disseram que o uso da palavra foi um “roubo de cultura tradicional” e imploraram para Kim mudar o nome, dizendo que a roupa íntima venderá igualmente bem se for rebatizada. Seko disse que está enviando executivos de patentes ao Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos EUA em 9 de julho para “trocar opiniões sobre a questão adequadamente”, acrescentando que acompanhará a situação atentamente.