A Jamaica se preparava nesta sexta-feira para a passagem do furacão Ivan, que devastou a ilha de Granada com ventos de 240 quilômetros por hora. Meio milhão de pessoas que vivem em áreas baixas do sul da Jamaica (inclusive em alguns bairros da capital, Kingston) foram orientadas a deixar suas casas. Mas as autoridades dizem que muitos moradores estão relutantes em sair, por temerem saques.
O primeiro-ministro P.J. Patterson prometeu ação da polícia e do Exército contra roubos.
- Se as pessoas reagirem rapidamente, isso vai resultar numa redução dos danos - afirmou.
As escolas do país estão fechadas, e há grandes filas em frente a supermercados e mercearias. Vários postos de gasolina não deram conta da demanda.
Às 5h (6h, horário de Brasília), o olho do furacão estava cerca de 360 quilômetros a sudeste de Kingston, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. Ele avança na direção oeste-noroeste a 20 quilômetros por hora e deve chegar à Jamaica na noite desta sexta-feira.
Seus ventos diminuíram um pouco e agora estão em torno de 230 quilômetros por hora, mas os meteorologistas alertam que ele deve continuar sendo um furacão da categoria 4 (na escala que vai até 5) e que pode ganhar força novamente ao se aproximar da Jamaica.
O Ivan matou pelo menos 23 pessoas na sua passagem pelo Caribe. Granada, a ilha mais atingida, ficou sem água e energia. Na Jamaica, ele deve provocar inundações de até 2,4 metros, com precipitações de até 250 milímetros de chuva. Há possibilidade de deslizamentos.
Os meteorologistas dizem também que o furacão deve chegar a Cuba no domingo e à Flórida na segunda-feira, mas alertam que a previsão, com essa antecedência, não é muito precisa.
A Flórida já sofreu dois furacões em menos de um mês.
Haiti, República Dominicana, Cuba e Ilhas Cayman também estão de prontidão para a possibilidade de um furacão da categoria 5, que é raro até mesmo em uma região pródiga em tempestades, como o Caribe.