Nesta semana, o presidente Nicolás Maduro assumiu seu segundo mandato como mandatário do país. Sua posse, entretanto, não foi reconhecida pela União Europeia, o Grupo de Lima e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Por Redação, com agências internacionais - de Brasília, Caracas e Moscou
O Itamaraty emitiu nota neste sábado uma nova nota em que reconhece o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente do país. A medida apenas contribui para uma possível solução violenta no país vizinho.
Nesta semana, o presidente Nicolás Maduro assumiu seu segundo mandato como mandatário do país. Sua posse, entretanto, não foi reconhecida pela União Europeia, o Grupo de Lima e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Na véspera, o Itamaraty emitiu nota criticando a "ilegitimidade" de Maduro e disse que Brasil está empenhado em "ajudar o povo venezuelano a recuperar a liberdade e a democracia, e seguirá em coordenação com os demais atores imbuídos do mesmo propósito”.
Em nova nota neste sábado, o governo brasileiro se posicionou diante da disputa territorial entre Venezuela e Guiana — e voltou a apoiar Guaidó em detrimento de Maduro. Brasília segue a linha política de Washington. Nesta tarde, o secretário de Estado norte-americano, John Bolton, chegou a ameaçar o governo venezuelano com o aporte de recursos para uma insurreição armada.
Violência
O não reconhecimento do novo mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por vários países dificultará a busca de uma solução política no país, afirmou Vladimir Zaemsky, embaixador da Rússia na Venezuela.
— Suponho que a única consequência de todos esses protestos dos EUA, do Grupo de Lima e da UE será, infelizmente, a diminuição das possibilidades de encontrar uma solução política — disse o embaixador em uma entrevista à agência russa de notícias Sputnik.
Nesse contexto, Zaemsky destacou a posição do México que, segundo o embaixador, busca uma solução em vez de um confronto com Caracas.
Presidente legítimo
O diplomata duvida que a reação dos países da região e de vários outros em relação ao novo mandato de Maduro agrave a situação dentro do próprio país, bem como sua posição no palco mundial, porque os países que lançam críticas contra o governo venezuelano já haviam criticado as eleições presidenciais de 20 de maio.
Em 10 de janeiro, Maduro assumiu o segundo mandato consecutivo como presidente venezuelano. O novo mandato de Maduro foi considerado ilegítimo pela Assembleia Nacional do país, por diversos países, nomeadamente pelo Grupo de Lima, exceto o México.