Israel matará o fundador do grupo radical palestino Hamas, xeque Ahmed Yassin, em retaliação ao atentado contra guardas de fronteira israelenses, disse o vice-ministro da Defesa de Israel, Zeev Boim, na mais brutal declaração pública já feita por uma autoridade israelense contra o grupo. Mais tarde, porém, Boim suavizou o discurso, dizendo não haver uma "decisão específica" contra Yassin.
Israel já assassinou diversos comandantes militares e políticos do Hamas, mas matar o líder espiritual do movimento, uma figura respeitada mesmo entre os palestinos que condenam a violência, seria uma escalada perigosa nas tensões.
Yassin, um tetraplégico, fez uma aparição pública nesta sexta-feira. "Não tememos ameaças de morte", disse. "Não cederemos à pressão e a resistência continuará enquanto houver ocupação".
A despeito da seleção de alvos, autoridades de segurança israelenses reuniram-se no Ministério da Defesa para avaliar uma resposta ao atentado mais recente. Uma dessas autoridades disse que o assassinato premeditado de figuras importantes do Hamas deverá recomeçar.