Forças israelenses mataram três palestinos, incluindo dois adolescentes, nesta quarta-feira, depois de entrar no norte da Faixa de Gaza pela terceira vez em três meses para tentar evitar o disparo de foguetes palestinos contra Israel.
Pelo menos 15 palestinos, muitos deles com uniformes escolares, foram levados para o hospital com ferimentos a bala, disseram médicos e testemunhas. Uma palestino de 13 anos de idade também foi morto a tiros no centro de Gaza.
Em outras operações em cidades da Cisjordânia, tropas israelenses mataram um palestino armado e demoliram a casa de parentes de um militante do Fatah, movimento do presidente palestino, Yasser Arafat.
Os tanques e tropas israelenses entraram no norte da Faixa de Gaza na noite de terça-feira e confrontaram-se com militantes do campo de refugiados de Jabalya e da cidade de Beit Hanoun, bastiões dos esquadrões de lançamento de foguetes.
Nesta terça-feira, que marcou o quarto aniversário da Intifada, a revolta palestina por um Estado soberano, o primeiro-ministro palestino, Ahmed Qurie, exortou seu povo e Israel a repensarem suas táticas, que já provocaram centenas de mortes.
Mas os militantes palestinos prometeram continuar a luta.
- Começamos o quinto ano de Intifada (levante) e vamos continuar lançando foguetes e morteiros, vamos continuar nossa jihad até que toda a Palestina seja devolvida - disse Nizar Rayan, líder local do Hamas, enquanto segurava um rifle e um lançador de granadas.
- Estamos operando (de novo) no norte de Gaza a fim de tentar parar o lançamento de foguetes Qassam que estão aterrorizando comunidades israelenses próximas - disse uma porta-voz do Exército de Israel.
Os foguetes Qassam mataram apenas duas pessoas em quatro anos, mas são psicologicamente importantes para os militantes, já que Israel conseguiu limitar os atentados suicidas dentro do país.
Críticos das incursões em Gaza dizem que Israel corre o risco de entrar em luta pesada para evitar o lançamento de foguetes justo no momento em que se prepara para a retirada do território.