Um militante palestino acusado de ter ordenado o assassinato de um ministro israelense será libertado da prisão em Jericó quando Israel se retirar da cidade nesta semana, disse nesta terça-feira o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Mas Israel afirmou que não concordou com a libertação de Ahmed Saadat ou de qualquer dos outros três militantes que acusa pelo assassinato em 2001. A retirada das tropas está programada para esta quarta-feira.
Abbas disse que Saadat e Fuad al-Shobaki - assessor do ex-presidente Yasser Arafat e acusado por contrabando de armas - serão libertados depois que as tropas israelenses saírem.
"Saadat e Shobaki serão libertados da prisão de Jericó quando Jericó for entregue aos palestinos", declarou Abbas.
- Os dois foram colocados por Israel na lista de procurados e o acordo que temos com Israel diz que quando deixarem nossas cidades, os fugitivos terão imunidade. Portanto, eles serão libertados, e os israelenses sabem disso - disse ainda.
Mas o Ministério da Defesa de Israel disse que o país e os palestinos concordaram em um encontro nesta segunda-feira, quando debateram a saída de Jericó, que "os assassinos do (ministro do Turismo) Rehavam Zeevi continuariam na prisão".
O principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse à Reuters que o futuro dos homens ainda está sendo debatido e que "esperamos chegar a um acordo em um futuro próximo".