Forças israelenses mataram um palestino durante incursões em Gaza nesta quarta-feira, enquanto o país enfrenta pressão internacional para manter o plano de retirada unilateral do território. A iniciativa defendida pelo primeiro-ministro, Ariel Sharon, foi rejeitada em um referendo com membros do seu próprio partido, o Likud.
Sharon iniciou consultas sobre como salvar seu projeto. Mediadores internacionais consideram o plano um "raro momento de oportunidade", mas ele enfrenta forte oposição dos colonos judeus em Gaza e de seus simpatizantes de direita no Likud.
As forças israelenses entraram em três cidades palestinas em Gaza como resposta ao assassinato de cinco colonos no domingo, dia do referendo do Likud sobre o plano. Testemunhas disseram que tropas israelenses que invadiram Deir al-Balah mataram um capitão da polícia palestina e feriram 15 pessoas em meio a confrontos com pessoas que jogavam pedras.
Escavadeiras do Exército de Israel, apoiadas por tanques e helicópteros, também demoliram 10 casas no campo de refugiados de Khan Younis e tentaram destruir mais túneis no campo de Rafah, usado por militantes para contrabandear armas do Egito. Todas essas áreas são refúgios de facções armadas palestinas.
Fontes militares disseram que outro objetivo das ações foi impedir ataques com foguetes e bombas contra enclaves de colonos em Gaza.