Katz também afirmou que reforçou a presença de tropas do lado israelense, ao longo da fronteira entre os dois países, para garantir a segurança das comunidades do norte.
Por Redação, com EFE – de Jerusalém
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, anunciou nesta terça-feira que o Exército de seu país permanecerá em cinco pontos perto da fronteira na zona de amortecimento do Líbano, apesar desta terça ser o prazo final para Israel retirar suas forças do sul do território vizinho, conforme estipulado no acordo de cessar-fogo.

– A partir desta terça-feira, o Exército permanecerá na zona de amortecimento no Líbano controlando cinco postos avançados e continuarão fazendo cumprir, com força e sem concessões, quaisquer violações (do acordo) por parte do Hezbollah – disse Katz em um comunicado.
– O Hezbollah deve se retirar completamente para além da linha do rio Litani e o Exército libanês deve impor essa medida e desarmar sua presença sob a supervisão do mecanismo estabelecido sob a liderança dos Estados Unidos – acrescentou Katz.
Katz também afirmou que reforçou a presença de tropas do lado israelense, ao longo da fronteira entre os dois países, para garantir a segurança das comunidades do norte.
Uma cessação de hostilidades, inicialmente planejada para durar 60 dias, entrou em vigor em 27 de novembro e previa a retirada das forças israelenses presentes em território libanês, assim como limitar a posse de armas na faixa fronteiriça às mãos das forças de segurança libanesas.
Novo cessar-fogo
Segunda-feira, o governo libanês reiterou seu compromisso em cumprir integralmente a resolução 1701, que encerrou a guerra libanesa-israelense de 2006 e na qual se baseia o novo cessar-fogo, que estipula o desarmamento do Hezbollah e que o Estado libanês monopolize a posse de armas em todo o país.
O texto também pede o desmantelamento de instalações não estatais de produção de armas e também proíbe ambos os lados de realizarem ataques um contra o outro; algo que Israel não respeitou, reivindicando seu direito à “autodefesa”.
O cessar-fogo inicial expirou em 26 de janeiro, um dia particularmente sangrento em que pelo menos 24 pessoas foram mortas e outras 120 ficaram feridas depois que moradores do sul tentaram retornar às suas cidades ocupadas.
No dia seguinte, os Estados Unidos anunciaram uma extensão do cessar-fogo até 18 de fevereiro, para dar às partes mais tempo para cumprir suas obrigações, e nesta terça-feira Israel disse novamente que não deixará o país após a invasão terrestre que começou em 1º de outubro.