Um relatório, aponta que a desconfiança dentro do Irã está crescendo, principalmente após um comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) ser preso por supostamente ser um espião de Israel.
Por Redação, com Sputnik - de Teerã/Jerusálem
Um responsável oficial iraniano, citado pelo jornal The New York Times, afirmou que os espiões israelenses deram um duro golpe contra Teerã.
Um relatório, publicado na quarta-feira, aponta que a desconfiança dentro do Irã está crescendo, principalmente após um comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) ser preso por supostamente ser um espião de Israel.
Segundo Mohammad Ali Abtahi, ex-vice-presidente do Irã, citado pelo NYT, as operações de Israel estão comprometendo seriamente a confiança na segurança do país, antes considerada como a base da República Islâmica.
Israel vem intensificando seus ataques ao programa nuclear iraniano nos últimos meses, uma tática utilizada para expor as falhas do IRGC e gerar um conflito interno, desestabilizando a inteligência do país.
A rede de espionagem de Israel se infiltrou profundamente na segurança do Irã, fazendo com que os principais oficiais e cientistas temessem pelas suas vidas.
Além da espionagem, o Irã está sofrendo com os ataques cibernéticos de Israel. Recentemente, três fábricas de aço iranianas sofreram ataques cibernéticos que provocaram a suspensão das linhas de produção.
Unidade cibernética secreta de Israel
Embora esta não seja raro que informações deste tipo coletadas por Israel sejam divulgadas, foi a primeira vez que um funcionário das FDI discutiu inteligência cibernética sensível em ambiente público.
Na quarta-feira, em um raro briefing na Universidade de Tel Aviv, o vice-diretor da Unidade 8200 das Forças de Defesa de Israel (FDI), identificado apenas como "coronel U" pelo The Jerusalem Post, alegou ter ajudado a frustrar uma tentativa de ataque à rede de energia dos EUA.
Segundo a mídia, o militar afirmou que um misterioso "adversário atacou Israel" usando meios cibernéticos e que, no processo de interromper a ação, a Unidade 8200 "também descobriu que eles estavam tentando atingir usinas de energia norte-americanas".
O coronel U não especificou quando ocorreu o ataque relatado, quem foi o responsável ou qualquer outra informação sobre o suposto incidente, no entanto, ele lembrou que outro "adversário", nomeadamente o Irã, também "atacou instalações de água em Israel" e que essa ameaça também foi "mitigada" antes que pudesse causar qualquer dano.
– As operações cibernéticas de contra-ataque são uma parte importante de nossas operações. Uma vez que obtemos superioridade sobre o invasor, agimos para negar suas capacidades. Em primeiro lugar, colaborando com a indústria e outras agências, mas, se necessário, fazemos isso por conta própria, implementando 'nossas ferramentas' em algum ponto, em algum lugar ao longo do fluxo de ataque. (A Unidade) 8200 não descansará até que a ameaça seja removida – disse o militar.
Embora não seja raro que informações deste tipo coletadas por Israel sejam divulgadas, foi a primeira vez que um funcionário das FDI discutiu inteligência cibernética sensível em ambiente público.