A abertura da passagem de Erez foi feita depois de pressão dos EUA. Israel havia anunciado a abertura da passagem de Erez em 4 de abril, atendendo a um apelo do presidente norte-americano, Joe Biden, que relacionou o apoio militar da Casa Branca aos israelenses à proteção de civis.
Por Redação, com Poder360 – de Gaza
Israel reabriu na quarta-feira a única passagem no extremo norte da Faixa de Gaza. É a primeira vez que a fronteira é liberada desde 7 de outubro, quando o Hamas atacou territórios israelenses e teve início o conflito na região. Em publicação no Telegram, as FDI (Forças de Defesa de Israel) disseram que 30 caminhões com itens que incluem alimentos e suprimentos médicos entraram no enclave palestino.
A abertura da passagem de Erez foi feita depois de pressão dos EUA. Israel havia anunciado a abertura da passagem de Erez em 4 de abril, atendendo a um apelo do presidente norte-americano, Joe Biden, que relacionou o apoio militar da Casa Branca aos israelenses à proteção de civis.
A região da fronteira em Erez foi parcialmente destruída em 7 de outubro. Segundo as FDI, foi preciso realizar “trabalhos de engenharia na área” e renovar o posto fronteiriço, que era usado, de forma geral, para a passagem de pessoas e não de caminhões.
“As forças construíram infraestruturas de inspeção e proteção na área e pavimentaram estradas tanto em território israelense como em território da Faixa de Gaza, permitindo a entrada de quantidades substanciais de ajuda na parte norte (do enclave)”, disseram os militares.
Na quarta-feira, o secretário de Estados norte-americano, Antony Blinken, esteve em Kerem Shalom, sul da Faixa de Gaza. A passagem foi fechada depois de 7 de outubro, mas reabriu em dezembro, de forma limitada, se tornando o principal ponto de entrada para a ajuda humanitária no enclave palestino a partir de Israel.
Faixa de Gaza
No X (antigo Twitter), Blinken disse ter visto o centro de operações onde os caminhões são inspecionados antes de entrar na Faixa de Gaza. “Este trabalho é absolutamente vital e os progressos devem continuar a dar resposta às necessidades humanitárias”, escreveu.
Antes da visita a Kerem Shalom, Blinken se reuniu na quarta-feira com o presidente de Israel, Isaac Herzog, em Tel Aviv, e com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém.
Em ambas as reuniões, o secretário de Estado dos EUA ressaltou o pedido pelo aumento do fluxo de entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Também discutiu um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Ao falar com jornalistas ao lado de Herzog, Blinken afirmou que os EUA estão “determinados a conseguir o cessar-fogo” no enclave palestino. “A única razão pela qual isso não seria alcançado é por causa do Hamas”, declarou. Ele disse que existe um acordo em cima da mesa: “Como já dissemos, não há atrasos nem desculpas. A hora é agora”.