A ação envolveu a Guarda Civil espanhola, a Polícia Federal do Brasil, o FBI e Agência da União Europeia de Cooperação Policial (Europol). Os dois irmãos foram presos em Estepona, Málaga, na Espanha.
Por Redação, com Sputnik - de Brasília
A prisão aconteceu na tarde de segunda-feira. A dupla, que vivia na Espanha, seria responsável por disseminar na Internet propagandas jihadistas e manuais para assassinatos em massa.
A ação envolveu a Guarda Civil espanhola, a Polícia Federal do Brasil, o FBI e Agência da União Europeia de Cooperação Policial (Europol). Os dois irmãos foram presos em Estepona, Málaga, na Espanha.
Os brasileiros têm entre 35 e 40 anos e frequentavam academia todos os dias. Chegaram a Estepona no início do ano e, desde então, um deles trabalha na construção e outro no setor das piscinas, relata o jornal El País.
A Guarda Civil espanhola divulgou que há ligação entre os dois brasileiros com outros indivíduos também investigados e detidos em países europeus por vínculo com terroristas islâmicos.
Fontes da investigação destacaram ao jornal espanhol que esta é a primeira vez que duas pessoas de nacionalidade brasileira são detidas em uma operação contra o terrorismo jihadista.
"Destaca o impacto da propaganda jihadista em todo o mundo, mesmo em áreas como a América Latina, onde o impacto dos ataques é muito menor", sublinham estas fontes, ressaltando que o perfil dos detidos neste tipo de investigação "é muito variado" e não existe um padrão devido à idade, posição socioeconómica ou educação.
Estado Islâmico
Ainda segundo os investigadores, os brasileiros estavam em processo de radicalização na Internet e usavam plataformas de mensagens instantâneas para mostrar apoio ao Estado Islâmico (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), com divulgação de material sobre atividades terroristas realizadas em diferentes localidades e manuais para confecção de explosivos, segundo o canal CNN Brasil.
Ainda não está definido se os brasileiros responderão pelo crime na Espanha ou se haverá pedido de extradição, diz a mídia.
No começo do mês, a Polícia Federal prendeu duas pessoas suspeitas de ligação com Hezbollah. Segundo a PF, os brasileiros estariam planejando ataques contra edifícios pertencentes à comunidade judaica do Brasil.
De acordo com investigações do Departamento de Justiça norte-americano, todos os anos a ala armada do grupo libanês Hezbollah faturaria pelo menos US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) em atividades criminosas ao redor do mundo. E cerca de um terço dessa renda viria da América Latina, conforme noticiado.
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