“Em comparação com o ano de 2020, verificou-se desempenho positivo de forma generalizada. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para patamar 11,2% superior ao de novembro de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 6,1%, a construção civil teve crescimento de 5,1%”, diz o Ipea.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos, recuou 1,6% em novembro frente a outubro de 2021, na série com ajuste sazonal. Os números mostram que o trimestre móvel terminado em novembro apresentou recuo de 2,1%. Em relação aos mesmos períodos de 2020, em novembro verificou-se expansão de 5,8% e, no trimestre móvel, houve crescimento de 9,9%.
O indicador foi divulgado nesta segunda-feira, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No resultado acumulado em 12 meses encerrados em novembro, os investimentos tiveram expansão de 21,1%. No ano, a alta acumulada é de 19,7%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa o aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo.
Acumulado
O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou recuo de 3,8% em novembro e encerrou o trimestre móvel com queda de 4,5%. A produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno caiu 1,9% em novembro e a importação diminuiu 5,6% no mesmo período.
Segundo o Ipea, as importações também tiveram redução de 1% no trimestre móvel, enquanto a produção nacional encerrou o mesmo período com queda de 2,5%. No acumulado em 12 meses, o investimento em máquinas e equipamentos registrou um aumento 27,9%.
Os investimentos em construção civil, por sua vez, recuaram 0,3% em novembro na série dessazonalizada. Ainda assim, o setor fechou o trimestre móvel com expansão de 2,4%.
“Em comparação com o ano de 2020, verificou-se desempenho positivo de forma generalizada. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para patamar 11,2% superior ao de novembro de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 6,1%, a construção civil teve crescimento de 5,1%. Na comparação trimestral, os resultados também foram positivos”, diz o Ipea, em seu relatório.
Empregos
Diante da fragilidade econômica, demonstrada na redução dos investimentos no país, o Brasil fechou 265.811 vagas formais de trabalho em dezembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência, mas fechou 2021 com saldo positivo de 2.730.597 empregos, o melhor ano da série histórica iniciada em 2010.
No acumulado de 2020, ano marcado pelo impacto econômico da pandemia de Covid-19, haviam sido fechados 191.455 postos em termos líquidos. O resultado de dezembro veio pior do que o fechamento líquido de 162 mil vagas de trabalho projetado por analistas em pesquisa Reuters, e foi resultado de 1.437.910 admissões contra 1.703.721 desligamentos.
Com essa leitura, o estoque de empregos formais do Brasil caiu 0,64% no mês passado em relação a novembro, a 41.289.692. Entre os grupamentos de atividades econômicas componentes do Caged, a principal colaboração negativa veio do setor de serviços, que fechou 104.670 postos de trabalho no mês passado em termos líquidos.