No fim de julho, o Fed decidiu manter as taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano. Mas a ata mostra que “a grande maioria” dos agentes “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”.
Por Redação, com Reuters – de São Paulo
Principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3, o Ibovespa operava em alta, chegando na máxima aos 137 mil pontos nesta quarta-feira. O dólar, por sua vez, também operava em alta, ainda que moderada. O mercado financeiro aproveitava a onda de otimismo após a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) mostrar que as autoridades estão bastante inclinadas a iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros, em setembro.
Às 16h27, após uma leve alta, o dólar caía 0,24%, cotado a R$ 5,4715. Em horário semelhante, o Ibovespa subia 0,37% aos 136.610 pontos. Na máxima do dia, chegou a 137.040 pontos, novo recorde histórico durante o pregão.
No fim de julho, o Fed decidiu manter as taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano. Mas a ata mostra que “a grande maioria” dos agentes “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”.
Taxa Selic
Operadores do mercado financeiro, nesta sessão, dividiam-se sobre qual será a magnitude dessa queda em setembro. A expectativa dos analistas é de aconteça uma redução de até 1 ponto percentual até o final deste ano. No Brasil, o cenário de juros também está no radar, com dúvidas sobre qual será a atuação do Banco Central (BC) nos próximos meses. Parte dos investidores espera manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano por mais tempo, enquanto outra parte acredita numa nova alta dos juros.
Especialistas classificam os juros como o grande tema para os investidores no Brasil e no mundo nos próximos meses até o fim de 2024. No cenário internacional, o foco desta semana está com os juros dos Estados Unidos, com a expectativa de que o Fed corte das taxas de juros em setembro.
Segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, os investidores estavam atentos, principalmente, se o Fed já havia cogitado um corte nos juros na reunião de julho, apesar da decisão final ter sido pela manutenção das taxas no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano.
Copom
De acordo com a ata do Fed, as autoridades estavam bastante inclinadas a um corte na taxa de juros em setembro, mas “várias delas” estariam até mesmo dispostas a reduzir os custos de empréstimos imediatamente, em julho.
Na reunião de julho, ainda de acordo com a ata do Conselho de Política Monetária (Copom), “a grande maioria” dos formuladores de política monetária “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”.