Instagram e Facebook crescem como pontos de venda de falsificações de grifes
Foram identificadas mais de 26 mil contas de falsificadores ativos operando no Facebook e mais de 20 mil no Instagram, acima da contagem no ano anterior, mas abaixo do pico de 2019, quando identificaram cerca de 56 mil contas.
Quarta, 09 de Fevereiro de 2022 às 10:02, por: CdB
Foram identificadas mais de 26 mil contas de falsificadores ativos operando no Facebook e mais de 20 mil no Instagram, acima da contagem no ano anterior, mas abaixo do pico de 2019, quando identificaram cerca de 56 mil contas.
Por Redação, com Reuters - de São Francisco
A Meta, dona do Facebook, está lutando para impedir que falsificadores empurrem produtos de luxo falsos da Gucci e Chanel em seus aplicativos de mídia social, à medida que a empresa entra no comércio eletrônico.
Foram identificadas mais de 26 mil contas de falsificadores ativos operando no Facebook e mais de 20 mil no Instagram
– Facebook e Instagram são os principais mercados onde produtos falsificados são vendidos. Costumava ser o eBay há 10 anos e a Amazon há cinco anos – disse Benedict Hamilton, diretor da Kroll, empresa de investigação privada contratada por marcas prejudicadas por falsificação e contrabando.
A pesquisa, liderada pela empresa de análise de mídia social Ghost Data e compartilhada com à agência inglesa de notícias Reuters, mostrou falsificadores vendendo imitações de marcas de luxo, incluindo Gucci, Louis Vuitton, Fendi, Prada e Chanel.
Foram identificadas mais de 26 mil contas de falsificadores ativos operando no Facebook e mais de 20 mil no Instagram, acima da contagem no ano anterior, mas abaixo do pico de 2019, quando identificaram cerca de 56 mil contas. Cerca de 65% das contas encontradas em 2021 foram baseadas na China, seguidas de 14% na Rússia e 7,5% na Turquia.
Produtos falsificados online
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estimou que o comércio global de produtos falsificados chegou a US$ 464 bilhões em 2019, disse que uma explosão no comércio eletrônico desde 2020 ditou crescimento maciço no fornecimento de produtos falsificados online.
Acadêmicos disseram que a fraude cresceu rapidamente durante a pandemia de covid-19, enquanto a legislação nos Estados Unidos e na União Europeia permaneceu incapaz de combatê-la.
Chanel, Gucci e Prada disseram que sua luta contra falsificadores tirou do ar centenas de milhares de postagens de mídia social no ano passado, mas não comentaram especificamente sobre os serviços da Meta. A LVMH, dona da Vuitton e da Fendi, que disse ter gasto US$ 33 milhões para combater a falsificação em 2020, não quis comentar.
Num relatório recente, a empresa disse que removeu 1,2 milhão de peças falsificadas do Facebook de janeiro a junho de 2021 e cerca de meio milhão no Instagram. A empresa disse que também removeu proativamente 283 milhões de conteúdos do Facebook que violam regras de falsificação ou violação de direitos autorais e cerca de 3 milhões no Instagram, antes de serem denunciados por marcas ou antes de serem lançados.