Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Inflação volta a subir, puxada principalmente por combustíveis

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Terça, 28 de Maio de 2024 às 19:49, por: CdB

No acumulado dos últimos 12 meses, o IBGE registrou um índice de 3,70% em maio, enquanto analistas do mercado financeiro esperavam que a inflação ficasse em 3,74% no período. Em abril, a taxa era de 3,77% nesse recorte de tempo. Devido à dificuldade de apuração de preços no Rio Grande do Sul devido à situação de calamidade, 30% de toda coleta de dados no Estado ocorreu de forma remota.

Por Redação – do Rio de Janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mostrou que a inflação em maio teve uma aceleração de 0,44%, após dois meses seguidas de recuo, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, a alta de preços havia sido de 0,21%.

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A Petrobras não alterou sua política de vendas e os preços da gasolina não param de subir, em todo o país

O número, no entanto, veio abaixo do esperado por economistas. A estimativa da agência norte-americana de notícias Bloomberg Economics era de aceleração para 0,47% na comparação mensal, enquanto em termos anuais a expectativa era de alta de 3,74%, em linha com o apresentado em abril.

A aceleração de preços foi influenciada principalmente pelos gastos com saúde e cuidados pessoais, após reajuste nos preços dos produtos farmacêuticos, além da alta dos transportes. Os preços da gasolina e das passagens aéreas voltaram a subir e pesaram no resultado.

 

Recorte

No acumulado dos últimos 12 meses, o IBGE registrou um índice de 3,70% em maio, enquanto analistas do mercado financeiro esperavam que a inflação ficasse em 3,74% no período. Em abril, a taxa era de 3,77% nesse recorte de tempo. Devido à dificuldade de apuração de preços no Rio Grande do Sul devido à situação de calamidade, 30% de toda coleta de dados no Estado ocorreu de forma remota.

Ainda assim, o IBGE informou que nem todos os produtos puderam ser coletados por telefone ou pela internet, como foi o caso de algumas hortaliças e verduras. Apesar de os efeitos da tragédia no Sul não ter ainda aparecido no índice geral, analistas reforçam que esse é ainda um ponto de atenção para o futuro.

Também aferido pelo IBGE, o IPCA-15 se difere da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, devido ao período de coleta, que ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Por ser publicado antes, o índice sinaliza uma tendência para a contagem oficial de preços do país.

 

Grupos

O IPCA, por sua vez, é baseado em dados levantados apenas no mês de referência, e será divulgado no dia 11 de junho. Desta forma, o resultado fechado de maio ainda não aparece completamente na coleta do IPCA-15. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram resultados positivos em maio.

A alta de 1,07% nos preços de saúde e cuidados pessoais foi influenciada pelo reajuste de 4,50% nos preços dos medicamentos desde 31 de março, o que acarretou numa elevação de 2,06% dos produtos farmacêuticos, que tiveram um impacto de 0,07 ponto percentual no índice cheio do IPCA-15.

A outra influência significativa no IPCA-15 de maio veio do grupo de transportes. Além da alta de 1,90% da gasolina (responsável por um impacto de 0,09 p.p. no índice geral), as passagens aéreas, cujos preços vinham recuando desde o início do ano, voltaram a subir (6,04%).

Em relação aos demais combustíveis, o etanol e o óleo diesel também tiveram alta, de 4,70% e 0,37%, respectivamente. Por outro lado, o gás veicular teve queda de 0,11% no preço.

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