Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2024

Inflação tende a subir ao longo dos próximos meses, diz pesquisa do BC

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Segunda, 30 de Dezembro de 2019 às 10:21, por: CdB

O levantamento, atualizado semanalmente, mostrou que a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,16% para 1,17% em 2019 e de 2,28% para 2,30% no próximo ano. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já previu que a economia crescerá “muito mais” do que 2% em 2020.

 
Por Redação - de Brasília
  O mercado fez pequenos ajustes para cima em suas projeções para o PIB e para a inflação neste ano e no próximo, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.
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A moeda brasileira tende a se desvalorizar ainda mais com a alta nos índices de inflação
O levantamento, atualizado semanalmente, mostrou que a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,16% para 1,17% em 2019 e de 2,28% para 2,30% no próximo ano. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já previu que a economia crescerá “muito mais” do que 2% em 2020. Já a estimativa para a inflação passou de 3,98% para 4,04% para 2019 e de 3,60% para 3,61% em 2020. Ambos os patamares seguem confortavelmente abaixo das metas para os períodos —4,25% este ano e 4% em 2020.

Tolerância

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com as instituições financeiras, no fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica também esteja em 4,5% ao ano. Para 2021, as instituições estimam que a Selic encerre o período em 6,38% ao ano. A estimativa anterior era 6,25% ao ano. Para o final de 2022, a previsão segue em 6,5% ao ano.

Câmbio

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Por outro lado, quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação. A projeção para a cotação do dólar ficou estável em R$ 4,10 no fim de 2019, e caiu para R$ 4,10 no encerramento de 2020. A pesquisa Focus é realizada com cerca de uma centena de instituições.
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