Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Índice da FGV confirma declínio do PIB, constatado em pesquisa do BC

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Terça, 15 de Agosto de 2023 às 17:46, por: CdB

No primeiro trimestre, o Monitor do PIB apontou um crescimento de 2% (valor revisado), em linha com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na véspera.


Por Redação - de Brasília

A atividade econômica do país cresceu 1,3% em junho, na comparação com maio. No segundo trimestre do ano, a economia brasileira teve alta de 0,2%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador mostra uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB, todos os bens e serviços produzidos no país).

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O PIB reúne toda a riqueza produzida pelo país em determinado tempo


No primeiro trimestre, o Monitor do PIB apontou um crescimento de 2% (valor revisado), em linha com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na véspera.

— Após o forte crescimento registrado no primeiro trimestre do ano, a atividade econômica mostrou desaceleração. Apesar da forte retração registrada pela agropecuária, os modestos crescimentos do setor industrial e de serviços colaboraram para o resultado positivo de 0,2% no segundo trimestre — explicou Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, em entrevista a jornalistas.

 

Segundo Trece, “em linhas gerais, esse resultado mostra uma certa resiliência da economia, que segue em terreno positivo mesmo com grande parte do bônus da agropecuária tendo se reduzido”.

— Na outra ponta, esse fraco crescimento também ilustra a pouca capacidade de reação da economia para crescer de forma mais robusta em um ambiente de baixo investimento, juros altos e elevado grau de endividamento das famílias — acrescentou.

Indicador


Ao detalhar o resultado, a FGV identifica uma alta de 2,3% no consumo das famílias no segundo trimestre. Esse crescimento tem se reduzido desde o fim de 2022. A menor contribuição do consumo de serviços e de produtos não duráveis é a principal razão para essa desaceleração. A formação bruta de capital fixo - indicador que reflete o nível de investimento, como aquisição de máquinas e equipamentos - teve retração de 2,5% no trimestre.

As exportações de bens e serviços cresceram 14,1% no segundo trimestre. Praticamente todos os componentes das vendas para o exterior cresceram no período, mas apenas dois explicam a maior parte do resultado: produtos agropecuários (30,1%) e minérios (23,8%) foram responsáveis por cerca de 80% do desempenho.

Pelo lado das importações, o crescimento foi de 6,8% no trimestre. As compras externas de bens de consumo (29,7%) e de capital (18,2%) responderam por mais de 60% do resultado. Em valor corrente, a FGV estima o PIB brasileiro em R$ 5,74 trilhões.

Comparação


A prévia da FGV vai ao encontro do IBC-Br, que também aponta desaceleração do PIB no segundo trimestre. O IBC-Br teve alta de 0,43% de abril a junho em relação ao período de janeiro a março. No primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 2,41%, se comparado ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022).

Os números oficiais do PIB são divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados do segundo trimestre serão conhecidos no dia 1º de setembro. Em junho, o IBGE anunciou que o PIB do primeiro trimestre cresceu 1,9% na comparação com os últimos três meses de 2022.

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