O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,15% em março em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), menos do que a expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de uma retração de 0,30%.
Por Redação, com Reuters - de Brasília
A atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Banco Central (BC) nesta sexta-feira, em meio a sinais de resiliência das atividades de varejo e serviços e mesmo com os impactos da política monetária restritiva.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,15% em março em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), menos do que a expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de uma retração de 0,30%.
Com isso, o IBC-Br fechou o primeiro trimestre com avanço de 2,41% na comparação com os três meses anteriores, mostrando vaivém no desempenho econômico ao longo dos primeiros meses do ano.
Números
O IBC-Br iniciou o ano com alta de 0,59% em janeiro na comparação com o mês anterior. Em fevereiro, o IBC-Br teve expansão de 2,53%, em dado fortemente revisado pelo BC de uma expansão de 3,32% informada antes, atrelada ao desempenho das atividades agrícola e de serviços.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve em março alta de 5,46%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,31%, de acordo com números observados.
— Embora os detalhes do IBC-Br não sejam fornecidos pelo BC, estimamos que o desempenho positivo da atividade no primeiro trimestre deve-se a uma produção recorde de grãos na safra de verão 2022-23 — detalhou Gabriel Couto, economista do Santander, elevando ligeiramente a projeção para o crescimento do PIB no primeiro trimestre para 1,2% ante os três meses anteriores, de 1,1% antes.
Crescimento
O IBGE divulga em 1° de junho os dados sobre o PIB no primeiro trimestre. No quarto trimestre de 2022 a economia brasileira sofreu queda de 0,2% sobre os três meses anteriores, de acordo com os dados do IBGE, mas ainda fechou o ano passado com crescimento de 2,9%.
Em março, a produção da indústria do Brasil cresceu um pouco mais do que o esperado, 1,1%, e interrompeu dois meses seguidos de quedas, mas ainda assim fechou o primeiro trimestre com estagnação.
Ao mesmo tempo, o setor de serviços brasileiro cresceu mais do que o esperado em março, 0,9%, enquanto as vendas varejistas surpreenderam com uma alta de 0,8% em relação ao mês anterior.