Centenas de indianos votaram na remota região nordeste do país, nesta quinta-feira, na segunda fase de uma eleição nacional de grandes proporções que deve conceder um novo mandato para a coalizão atualmente no poder.
Apesar das ameaças de separatistas de atacar as pessoas interessadas em votar, homens e mulheres fizeram fila em locais de votação de Tripura, o único Estado que realiza a eleição nesta rodada e que elege apenas dois dos 545 membros do Parlamento indiano.
A eleição será realizada em cinco dias diferentes, entre a terça-feira passada e o dia 10 de maio, permitindo às forças de segurança e autoridades dos órgãos eleitorais de se locomoverem pelo país. A Índia fechou sua fronteira com Bangladesh antes da votação em Tripura.
Uma bomba plantada por ativistas muçulmanos explodiu no centro da maior cidade da Caxemira indiana, Srinagar, na quinta-feira, matando duas pessoas. A cidade prepara-se para participar da terceira fase da eleição, na próxima segunda-feira.Os ativistas defendem o boicote das eleições parlamentares.
A maior parte das pesquisas de boca-de-urna para os Estados que votaram na terça-feira (e que elegem cerca de um quarto dos parlamentares) sugeriram que o governo liderado pelo primeiro-ministro Atal Behari Vajpayee continuará no poder.
Cerca de três quartos dos 670 milhões de eleitores ainda não tiveram a chance de votar. Pela primeira vez, a Índia utiliza urnas eletrônicas em seu processo eleitoral.
Horas depois de iniciadas as votações em Tripura, paramilitares indianos trocaram tiros com um grupo de insurgentes cerca de 30 quilômetros a leste da capital do Estado. Mas os homens desapareceram nas florestas e ninguém ficou ferido.