Em uma carta vazada, endereçada ao Comitê Olímpico Internacional, o diretor-executivo da agência norte-americana, Travis Tygart, pediu por uma proibição a todos os atletas russos
Por Redação, com agências internacionais - de Moscou e Washington
O ministro de Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, foi surpreendido por uma carta da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos que pediu pela completa proibição da participação russa nas Olimpíadas, de acordo com informações da agência russa de notícias TASS neste domingo.
Em uma carta vazada, endereçada ao Comitê Olímpico Internacional - que seria enviada na segunda-feira quando um relatório sobre alegações de doping patrocinado pelo Estado russo nas Olimpíadas de Inverno de Socchi, em 2014, for divulgado - o diretor-executivo da agência norte-americana, Travis Tygart, pediu por uma proibição a todos os atletas russos.
O relatório está sendo conduzido pelo professor canadense de direito Richard McLaren.
"O relatório de McLaren ainda será publicado, mas para eles (agência anti-doping dos EUA, Usada) tudo já está claro. Isso é surpreendente. Talvez o próprio Tygart tenha escrito o relatório? Eu não ficaria surpreso com isso", disse Mutko à TASS.
Agência suspeita
Mutko também afirmou que o cenário envolvendo o relatório da WADA que será apresentado por Richard McLaren sobre doping de atletas russos durante os Jogos de Sochi 2014 afeta a credibilidade de seus resultados. No último sábado, a agência de notícias R-Sport obteve uma cópia da carta enviada pelo executivo-chefe da USADA, Travis Tygart, ao presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomaz Bach, pedindo a exclusão da Rússia dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Mais cedo, neste domingo, a Federação Internacional de Natação (FINA) declarou que a violação de sigilo do relatório McLaren mina a credibilidade da WADA.
— As coisas que estão acontecendo hoje, acredito que eles (WADA e USADA) não estão felizes de terem tirado conclusões tão cedo. Isso mina qualquer confiança no relatório, em sua objetividade — disse Mutko a jornalistas.
Em maio, a imprensa norte-americana relatou, citando o ex-diretor do laboratório antidoping baseado na Rússia, Grigory Rodchenkov, que dezenas de atletas russos nos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014, inclusive 15 medalhistas, se doparam durante a competição como parte de um “programa controlado pelo Estado”. A WADA lançou uma investigação liderada por Richard McLaren. Ele apresentará seu relatório nesta segunda-feira, 18 de julho, em Toronto.
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